Jump termina com passes mensais para bicicletas
Projecto piloto de subscrição mensal lançado pela empresa, dedicado a quem utiliza diariamente as bicicletas da Jump, vai terminar no final do mês. Empresa considerou adesão “surpreendente e positiva”, mas não pretende prosseguir com o modelo de subscrição.
Em Outubro passado, a Jump lançou uma espécie de “passes” mensais para os utilizadores que recorrentemente pedalavam nas suas bicicletas eléctricas partilhadas. Na altura, o projecto foi anunciado como sendo um “piloto” e passados os quatro meses de teste a empresa decidiu terminar com as subscrições.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Em Outubro passado, a Jump lançou uma espécie de “passes” mensais para os utilizadores que recorrentemente pedalavam nas suas bicicletas eléctricas partilhadas. Na altura, o projecto foi anunciado como sendo um “piloto” e passados os quatro meses de teste a empresa decidiu terminar com as subscrições.
Em resposta a questões do PÚBLICO, fonte oficial da Uber, que detém a Jump, confirmou que o projecto-piloto de subscrições vai mesmo terminar no final de Janeiro e que a “adesão foi surpreendente e positiva”, sem referir, contudo, as razões que levaram a esta decisão, nem quantos utilizadores subscreveram os planos.
“Este piloto tem como objectivo testar um produto que consideramos um importante contributo para a mobilidade na cidade de Lisboa. Conforme previsto, vamos agora analisar os resultados com o objectivo de criar as ofertas mais adequadas ao mercado, sempre com o objectivo de resolver desafios de mobilidade das cidades onde operamos”, disse ainda a mesma fonte.
Quando o projecto-piloto foi anunciado, a Jump oferecia duas opções de subscrição: 24,90 euros por mês para viajar 15 minutos por dia (Plano Electric); 39,90 euros para quem quisesse fazer viagens mais longas e pedalar 30 minutos por dia (Plano Electric +). Umas semanas mais tarde, os planos foram actualizados: o Plano Electric passou a custar 14,90 euros e a permitir pedalar 30 minutos por dia. Já o Plano Electric+ passou a custar 24,90 por mês, oferecendo 1800 minutos de viagens por mês.
No início de Outubro, o preço das viagens fora dos planos de subscrição também mudou, passando de 15 para 20 cêntimos por minuto. Segundo fonte da Uber, esse preço vai manter-se. A Jump avisa ainda que quem fez a sua última renovação a 10 de Janeiro, por exemplo, vai poder continuar a beneficiar do plano até 10 de Fevereiro, embora o piloto termine no final de Janeiro.
As bicicletas eléctricas partilhadas da Uber começaram a circular por Lisboa no final de Fevereiro do ano passado. Ao contrário do sistema de bicicletas partilhadas da câmara de Lisboa, as Gira, estas podem ser estacionadas sem ser em docas. Actualmente, há 1750 bicicletas pela cidade, disponíveis 24h por dia.
Transportes públicos na app da Uber
Já esta terça-feira, numa entrevista ao Observador, o novo director-geral da Uber em Portugal, Manuel Pina — o sucessor de Rui Bento que deixou o cargo há quase um ano —, anunciou que a partir desta terça-feira, a app da Uber passará a integrar informação sobre transportes públicos da Grande Lisboa, em tempo real.
Segundo explicou, cerca de 50% dos utilizadores já vão conseguir ver informação sobre os horários do metro, Carris, comboio ou barcos na aplicação da Uber, juntando-se assim ao serviço dos carros, trotinetes e bicicletas Jump que a empresa já oferece. Na prática, esta funcionalidade permitirá ver a duração e custo de um trajecto, quer num dos carros da Uber, quer em transporte público.
Segunda a informação que aparece disponível na app, uma viagem da redacção do PÚBLICO, em Alcântara, para o terminal rodoviário de Sete Rios, por exemplo, custaria 6,97 euros de UberX. De autocarro e metro, a viagem custaria 3,5 euros (o preço apresentado corresponde ao valor do bilhete da Carris adquirido a bordo, que custa 2 euros, mais o bilhete de metro, que custa 1,5 euros). Do mesmo local para Cacilhas, a viagem custaria, 10,51 euros de UberX. Apanhando o eléctrico e depois o barco, a viagem ficaria a 4,30 euros.
Manuel Pina deixou ainda em aberto a possibilidade de no futuro ser possível comprar bilhetes de metro ou da Carris através da aplicação. “Aquilo que achamos que é importante, mesmo já existindo essas outras aplicações, é que ter essa informação na Uber transforma ou reforça o ponto de que a aplicação Uber é uma aplicação de mobilidade por excelência. Seja essa mobilidade através do Uber X, das bicicletas Jump e amanhã dos transportes públicos”, disse.