SCML aposta no Euromilhões com três novos jackpots de 130 milhões por ano

Estratégia surge a par da subida do montante máximo de jackpot para 200 milhões de euros e tem como objectivo subir as apostas e consequentes receitas. No limite, valor pode ir até aos 250 milhões. Euromilhões desceu 5,4% em 2018 e é superado pela “raspadinha” desde 2015.

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Euromilhões foi ultrapassado em 2015 pela dinâmica da “raspadinha” Enric Vives-Rubio

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai passar a realizar três novos jackpots promocionais do Euromilhões por ano e que, segundo a instituição liderada por Edmundo Martinho, “irão oferecer prémios no valor de 130 milhões de euros (ou aproximado)”, montante estipulado independentemente das apostas realizadas.

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A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai passar a realizar três novos jackpots promocionais do Euromilhões por ano e que, segundo a instituição liderada por Edmundo Martinho, “irão oferecer prémios no valor de 130 milhões de euros (ou aproximado)”, montante estipulado independentemente das apostas realizadas.

Intitulado de “super jackpot mínimo garantido”, o primeiro deste ano vai realizar-se no próximo dia 7 de Fevereiro (uma sexta-feira), de acordo com o comunicado enviado às redacções esta terça-feira.

Esta estratégia surge em paralelo com o anunciado aumento do valor máximo dos jackpots para 200 milhões de euros (mais 10 milhões face ao valor em vigor). De acordo com as novas regras, que abrangem já o sorteio que se realiza a 4 de Fevereiro, se for atingido o montante dos 200 milhões de euros este pode depois “manter-se durante cinco sorteios consecutivos, sem que o primeiro prémio seja atribuído”.

No entanto, diz a SCML, “caso o jackpot saia, no ciclo seguinte o valor máximo aumentará para 210 milhões, e o mesmo mecanismo será repetido, sucessivamente, em parcelas de 10 milhões até atingir o montante máximo de 250 milhões”.

A concretização de jackpots é a forma de quem gere um jogo, neste caso a SCML, conseguir atrair mais apostadores, logo, mais receitas — o que, por sua vez, ajuda a incrementar o valor global caso o jackpot não saia a ninguém no sorteio em causa, atraindo novamente os jogadores.

De acordo com a SCML, com as mudanças “procura-se o aumento da base de apostadores atraindo novos perfis, no sentido de incrementar as receitas que, a jusante, revertem para as causas sociais”. Segundo esta instituição, as últimas alterações tinham ocorrido há mais de três anos. A exploração deste jogo é feita de forma coordenada com mais oito países europeus, tendo a decisão das mudanças sido articulada entre todos os operadores (dez no total, existindo dois na Suíça).

Euromilhões desceu em 2018

Depois de ter sido a principal fonte de receitas da SCML, o Euromilhões foi ultrapassado em 2015 pela dinâmica da “raspadinha” (lotaria instantânea), o único jogo social com resultados imediatos junto do apostador.

Em 2018 (os dados de 2019 ainda não foram divulgados), as vendas brutas do Euromilhões (com o M1lhão) encolheram 5,4% face ao ano anterior, situando-se nos 805 milhões de euros. Esse valor representou 26% do total das receitas da SCML, o que compara com os 51% da “raspadinha”.

Em 2015, esses valores estavam em 37% e em 49%, respectivamente, altura em que o Euromilhões representava 820,5 milhões de euros de vendas brutas.