Como vai ser a nova vida de Harry e Meghan depois da saída da família real?

O príncipe deixará de usar os títulos militares honorários, assim como não continuará a ser embaixador dos jovens da Commonwealth.

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Reuters/Toby Melville

Harry e Meghan deixarão de usar os seus títulos reais, desistirão dos fundos do Estado e reembolsarão o dinheiro dos contribuintes usado ​​para reformar sua casa no Castelo de Windsor e procurarão prosseguir a sua vida fora da família real britânica. Foi esta a solução encontrada por Isabel II depois dos duques de Sussex terem anunciado que queriam afastar-se da casa real.

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Harry e Meghan deixarão de usar os seus títulos reais, desistirão dos fundos do Estado e reembolsarão o dinheiro dos contribuintes usado ​​para reformar sua casa no Castelo de Windsor e procurarão prosseguir a sua vida fora da família real britânica. Foi esta a solução encontrada por Isabel II depois dos duques de Sussex terem anunciado que queriam afastar-se da casa real.

Harry vai deixar de estar na linha de sucessão?
O segundo filho de Carlos, o primeiro na linha de sucessão ao trono de Isabel II, vai manter-se na sua posição, em sexto lugar, excepto se o irmão William tiver mais filhos. Para já, Harry está em sexto na linha de sucessão, mas poderá continuar a afastar-se da coroa à medida que os seus sobrinhos tiverem filhos. Deixar de usar os títulos de “alteza real” significa que Harry e Meghan não poderão ser assim tratados pois deixarão de ser membros da monarquia. Aliás, Archie, o filho de ambos não tem qualquer título embora seja o sétimo na linha de sucessão. A decisão foi do casal, quando a criança nasceu. É simplesmente Archie Harrison Mountbatten-Windsor

O príncipe também deixará de usar os títulos militares honorários, assim como não continuará a ser embaixador dos jovens da Commonwealth, titulo que Isabel II lhe atribuíra. Contudo, o casal vai manter a sua ligação às organizações e instituições de solidariedade com as quais já trabalhava.

Quem pagará o novo estilo de vida de Harry e Meghan?
Harry e Meghan vão deixar de receber qualquer financiamento do Fundo Soberano — que representa, dependendo dos anos, entre 15 e 25% dos lucros gerados pelas propriedades da família real. Este valor, entregue pelo Tesouro Britânico à rainha, permite o pagamento dos salários de todos os funcionários da família (em que se incluem Harry e Meghan), das despesas das viagens oficiais e da manutenção dos palácios. Em relação aos duques de Sussex, o valor equivale a 5% dos seus rendimentos. Os restantes 95% são do fundo ducado da Cornualha, ou seja, das propriedades de Carlos, que continuará a manter esse apoio ao filho.

Ficou decidido que o casal devolverá o valor gasto na remodelação de Frogmore Cottage, a casa no Castelo de Windsor que foi recentemente remodelada e alvo de críticas pelos gastos levados a cabo: 2,4 milhões de libras (2,7 milhões de euros). Esta era a residência oficial dos duques e estes pretendem dividir o seu tempo entre o Reino Unido e a América do Norte. Uma fonte da casa real avançou à Reuters que o casal pretende manter-se nesta propriedade mas pagando uma renda.

Como vão sustentar-se?
O casal não disse como pretende financiar-se no futuro, mas não serão os primeiros a trabalhar na família real. A rainha tem outros netos, como as filhas do príncipe André, Beatrice e Eugenie, que trabalham. Antes de anunciarem a sua decisão de se afastarem dos holofotes reais, Harry e Meghan registaram a marca “Sussex Royal”, em Junho passado, e esse registro é válido para livros, calendários, roupas, mas também para campanhas de solidariedade. Portanto, há quem acredite que o casal possa lançar produtos em nome próprio, no entanto, não poderá usar a palavra “royal”, uma vez que foi decidido que deixará de ser “alteza real”, logo, não é claro que possam fazê-lo. 

Há um ano, Harry e Oprah Winfrey anunciaram que fariam um documentário sobre saúde mental para o serviço de streaming da Apple. Segundo a BBC, Ted Sarandos, director de conteúdos da Netflix, já manifestou interesse em trabalhar com o casal. Isto significa que Harry e Meghan podem seguir as pegadas dos Obama, que assinaram um acordo com a empresa de streaming para produzir documentários e séries sobre questões sociais e políticas. E, assim que se soube que Harry e Meghan queriam afastar-se, surgiu um vídeo feito durante a estreia de O Rei Leão, em Londres, em Julho passado, onde o príncipe fala com o realizador Jon Favreau e informa-o que Meghan está disponível para fazer vozes em filmes de animação.

Escrever um livro é outra das hipóteses levantadas e lucrativas para o casal. A escrita é uma área de interesse para Meghan que, na edição de Setembro passado da Vogue britânica, editada pela própria, confessou o seu “amor pela escrita”. Recorde-se que a ex-actriz, antes de se casar, tinha um blogue de life&style, onde partilhava dicas de beleza, moda e viagens. O casal pode ainda explorar o filão das palestras, sendo pagos para aparecer e intervir. 

Harry e Meghan têm ainda as associações e organizações que apoiam e podem mesmo criar uma fundação. Para isso, têm os exemplos de ex-governantes como os Obama ou grandes empresários como Bill e Melinda Gates. Contudo, nenhum destes recebe ordenados dessas organizações.

Quem vai pagar a segurança da família?
O Palácio de Buckingham ainda não se pronunciou sobre esta questão. Até agora, a protecção pessoal é paga pelos contribuintes, uma vez, que são membros da família real. Segundo a Reuters, um ex-chefe da protecção real disse que o Ministério do Interior provavelmente continuará a fornecer esse serviço, já que o casal mantém o estatuto de figuras públicas de destaque.

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