Greve geral vai afectar recolha de lixo e Carris em Lisboa

Trabalhadores do Município de Lisboa também vão fazer greve no dia 31, à excepção do Regimento de Sapadores de Bombeiros. Prevê-se por isso que recolha de lixo e a circulação de autocarros da Carris seja afectada. Sindicato reivindica um aumento salarial de 90 euros por mês para todos os trabalhadores.

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Prevê-se que recolha de lixo seja afectada Nuno Ferreira Monteiro

Os trabalhadores do Município de Lisboa vão participar na greve nacional da função pública marcada para o próximo dia 31, pela Frente Comum, afecta à CGTP. A paralisação servirá para contestar a proposta de aumento salarial apresentada pelo Governo de 0,3% para a Administração Pública. 

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Os trabalhadores do Município de Lisboa vão participar na greve nacional da função pública marcada para o próximo dia 31, pela Frente Comum, afecta à CGTP. A paralisação servirá para contestar a proposta de aumento salarial apresentada pelo Governo de 0,3% para a Administração Pública. 

“Face a mais de dez anos sem qualquer aumento, apresenta agora uma proposta de 0,3% a 0,4% para 2020. Na prática, estamos perante uns míseros euros por mês para cada trabalhador. Inaceitável e vergonhoso!”, escreve o Sindicato de Trabalhadores do Município de Lisboa (STML). 

O sindicato reivindica o aumento da primeira posição da tabela remuneratória única para os 850 euros e um aumento de 90 euros/mês para todos os trabalhadores. 

A greve estende-se aos trabalhadores do município, das freguesias e as empresas municipais de Lisboa, com excepção do Regimento de Sapadores Bombeiros. Prevê-se, por isso, que a recolha de lixo, a circulação dos autocarros da Carris, e outros serviços sejam afectados. 

Também a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), da UGT, convocou na quarta-feira uma greve nacional. A Federação dos Sindicatos da Administração Público (Fesap), também afecta à UGT, marcou esta semana uma greve nacional na função pública para dia 31 contra a proposta de aumentos salariais de 0,3% e exigindo outras medidas.

Dias antes, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afecta à CGTP, agendou uma paralisação de professores e educadores para dia 31. Também a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) anunciou uma greve nacional para o dia 31, para exigir o recomeço de negociações sobre o Acordo Colectivo de Trabalho.