Logo ao primeiro minuto de Uma Vida Escondida, reconhecemos a sensação de “baralhar e voltar a dar” que tem aguentado Terrence Malick ao longo dos seus últimos filmes — duas partes de câmara deslizante por paisagens de cortar a respiração, uma de banda-sonora lírica inspiracional, três de voz-off de sentimentos místicos, personagens em crise existencial que os impede de usufruir a vida. Mais do mesmo, então? Não exactamente: se Uma Vida Escondida prossegue a veia transcendentalista-espiritual das suas últimas (e para nós decepcionantes) obras, este é também o filme mais “acessível” e mais classicamente narrativo do realizador desde pelo menos O Novo Mundo. E também aquele onde a estética lírica de Malick faz perfeita justiça à substância do que ele contar.
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Logo ao primeiro minuto de Uma Vida Escondida, reconhecemos a sensação de “baralhar e voltar a dar” que tem aguentado Terrence Malick ao longo dos seus últimos filmes — duas partes de câmara deslizante por paisagens de cortar a respiração, uma de banda-sonora lírica inspiracional, três de voz-off de sentimentos místicos, personagens em crise existencial que os impede de usufruir a vida. Mais do mesmo, então? Não exactamente: se Uma Vida Escondida prossegue a veia transcendentalista-espiritual das suas últimas (e para nós decepcionantes) obras, este é também o filme mais “acessível” e mais classicamente narrativo do realizador desde pelo menos O Novo Mundo. E também aquele onde a estética lírica de Malick faz perfeita justiça à substância do que ele contar.