Auga Seca, um thriller policial entre Lisboa e Vigo

Depois de Vidago Palace, de 2017, chegou a segunda co-produção da RTP e da Televisão da Galiza.

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Monti Castiñeiras e Victoria Guerra em Auga Seca DR

Paulo, filho de mãe galega e pai português, aparece morto num porto em Vigo. Parece um suicídio, não que haja muita gente a acreditar nessa teoria. A irmã, Teresa, que vive em Lisboa, vai então à Galiza para descobrir o que é que aconteceu ao certo. É este o ponto de partida para Auga Seca, uma co-produção da RTP e da Televisão da Galiza desenvolvida pela portuguesa SPi, a produtora da SP Televisão virada para o mercado internacional, e a galega Portocabo. A estreia é esta sexta-feira, às 22h40, na RTP1.

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Paulo, filho de mãe galega e pai português, aparece morto num porto em Vigo. Parece um suicídio, não que haja muita gente a acreditar nessa teoria. A irmã, Teresa, que vive em Lisboa, vai então à Galiza para descobrir o que é que aconteceu ao certo. É este o ponto de partida para Auga Seca, uma co-produção da RTP e da Televisão da Galiza desenvolvida pela portuguesa SPi, a produtora da SP Televisão virada para o mercado internacional, e a galega Portocabo. A estreia é esta sexta-feira, às 22h40, na RTP1.

À frente do elenco está Victoria Guerra, no papel de Teresa, com João Arrais a fazer de Paulo, o irmão cuja morte dá o mote a este thriller policial dividido em seis episódios de 50 minutos. A trama acaba depois por envolver o tráfico de armas e a sua relação com o universo dos negócios, na pessoa do padrinho de Teresa, um proeminente empresário galego. As gravações decorreram no ano passado, entre Vigo e Lisboa. 

O criador de Auga Seca é Pepe Coira, que já tinha estado envolvido na escrita de Vidago Palace, outra co-produção galega e portuguesa, estreada em 2017. Desta feita, e ao contrário do que então aconteceu, a ideia partiu da Galiza. Alfonso Blanco, da Portocabo, um dos produtores executivos desta nova série, que já tinha também estado envolvido na produção anterior, contou ao PÚBLICO em Julho, durante um dia de rodagem no Príncipe Real, em Lisboa, que o objectivo é que este tipo de parceria “seja mais regular”: a meta é uma produção por ano, tal como dispõe o acordo entre a RTP e a Televisão da Galiza para a realização de conteúdos conjuntos. Mesmo antes da rodagem, Auga Seca já tinha sido vendida para três territórios externos, num passo para a internacionalização. Em Novembro, a série recebeu o apoio monetário do programa Creative Europe – MEDIA, que nunca tinha contemplado uma produtora portuguesa.

Alfonso diz que a série está muito ligada “aos dois locais em que se sucede” e que se quis fazer “uma história muito lisboeta e muito viguesa”, e, ao mesmo tempo, “construir um thriller com punch e equilíbrio”. Já José Amaral, da SPi, o outro produtor executivo da série, adverte que Auga Seca, que tem como slogan “nem tudo o que parece é”, promete “um thriller muito baseado na palavra, não tanto em perseguições e carros a explodir”, mas mais “emocionalmente impactante”.

Para além dos já mencionados Victoria Guerra e João Arrais, o elenco português inclui também Joana Santos, Adriano Luz, Igor Regala, Joana Manuel, João Pedro Dantas ou Marta Andrino, enquanto o elenco galego é encabeçado por Monti Castiñeiras, no papel do padrinho de Teresa, e Sergio Pazos, que faz de inspector policial, contando ainda com Eva Fernandez, Santi Romay ou Paloma Saavedra.