Kady, Filipe Sambado, Jimmy P e Throes + The Shine entre os cantores do Festival da Canção 2020
As duas meias-finais do concurso estão marcadas para 22 e 29 de Fevereiro.
Desde Novembro que já se sabia quem irá compor as canções da edição 2020 do Festival da Canção. Agora ficou a saber-se quais são (os temas foram lançados online esta quarta-feira, estando os vídeos com as letras alojados no YouTube e uma compilação já disponível nos serviços de streaming) e quem irá cantá-las. O anúncio teve lugar esta manhã, no mesmo estúdio da RTP onde as duas meias-finais do concurso vão decorrer, a 22 e 29 de Fevereiro, apresentadas, respectivamente, por Tânia Ribas de Oliveira e Jorge Gabriel e José Carlos Malato e Sónia Araújo. Também se ficou a conhecer a cidade anfitriã da final, a 7 de Março, data em que a RTP festeja o seu 63.º aniversário: Elvas. É aí que se ficará a saber, numa cerimónia conduzida por Filomena Cautela e Vasco Palmeirim, qual será a canção sucessora de Telemóveis, de Conan Osiris, que venceu no ano passado. Inês Lopes Gonçalves acompanhará os músicos no green room nos três eventos.
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Desde Novembro que já se sabia quem irá compor as canções da edição 2020 do Festival da Canção. Agora ficou a saber-se quais são (os temas foram lançados online esta quarta-feira, estando os vídeos com as letras alojados no YouTube e uma compilação já disponível nos serviços de streaming) e quem irá cantá-las. O anúncio teve lugar esta manhã, no mesmo estúdio da RTP onde as duas meias-finais do concurso vão decorrer, a 22 e 29 de Fevereiro, apresentadas, respectivamente, por Tânia Ribas de Oliveira e Jorge Gabriel e José Carlos Malato e Sónia Araújo. Também se ficou a conhecer a cidade anfitriã da final, a 7 de Março, data em que a RTP festeja o seu 63.º aniversário: Elvas. É aí que se ficará a saber, numa cerimónia conduzida por Filomena Cautela e Vasco Palmeirim, qual será a canção sucessora de Telemóveis, de Conan Osiris, que venceu no ano passado. Inês Lopes Gonçalves acompanhará os músicos no green room nos três eventos.
As candidatas da primeira semifinal serão Rebellion, dos Blasted [Mechanism]; Gerbera amarela do Sul, de Filipe Sambado; O dia de amanhã, escrita por João Cabrita e interpretada por Ian Mucznik, também autor da letra; Medo de sentir, de Marta Carvalho, interpretada por Elisa; Copo de gin, de e pelo trio MEERA com a ajuda da ex-vencedora Isaura e João Bota na letra; Agora, de Rui Pregal da Cunha, cantada pelo duo JJaZZ; Movimento, dos Throes + The Shine; e Passe-partout, de Tiago Nacarato pela voz de Bárbara Tinoco.
Na semana seguinte, a derradeira semifinal trará Dói-me o país, com letra de António Avelar de Pinho, letrista com história no festival, e música de Luiz Caracol, que a interpreta a meias com Gus Liberdade; Quero-te abraçar, de Cláudio Frank, um dos dois vencedores do concurso de subscrições abertas; Diz só, composição de Dino d'Santiago com letra de Kalaf para Kady; Cegueira, de Dubio e +351, também vencedores do concurso aberto; Não voltas mais, de Elisa Rodrigues, Cubismo enviesado, de Hélio Morais, pela voz de Judas; Abensonhado, de Jimmy P; e Mais Real que o Amor, composição de Pedro Jóia com letra de Tiago Torres da Silva interpretada por Tomás Luzia.
Gonçalo Madail, subdirector da RTP, explicou ao PÚBLICO que este é “um ano estrategicamente importante”, já que “aparentemente tudo volta à normalidade”, após o abalo da vitória de Salvador Sobral no Festival da Eurovisão e a subsequente edição de que Lisboa foi cidade anfitriã, e é necessário “demonstrar que a chama continua acesa” e o “investimento” e “empenho” são os mesmos. Nuno Galopim, que, com Madail, é outro dos arquitectos deste novo fôlego do Festival da Canção, explica que estas 16 escolhas seguem a mesma lógica e o mesmo objectivo dos anos anteriores: “Ter a contemporaneidade da música portuguesa nas suas várias frentes estéticas e geracionais.”
Ambos sublinham a importância de os compositores não estarem a fazer canções propositadamente festivaleiras. “Este ano dá-se definitivamente esse salto. Ninguém fez uma música para o festival, todos trouxeram uma música: é uma nuance muito importante. O festival ganha por ter as identidades de quem aqui está e não por tentar mudar a favor de uma identidade abstracta”, comenta Nuno Galopim. Caso contrário, adiciona Gonçalo Madail, a RTP contratava compositores e definia uma linha. Uma tendência confirmada ao PÚBLICO, por exemplo, pelos Throes + The Shine, que confessaram ter sentido zero vontade de adaptar o que quer que fosse aos trâmites da competição.
Galopim destaca ainda os casos em que “os próprios autores das canções assumem a interpretação em palco”, mesmo que continue a haver compositores com provas dadas em palco que tenham preferido entregar os seus temas a outras vozes. Dino d'Santiago, por exemplo, contou ao PÚBLICO que quando pediu a Kalaf uma letra tornou-se logo evidente que “teria de ser uma intérprete feminina”, missão para a qual foi buscar a cabo-verdiana Kady.
Em dois casos específicos, os de Filipe Sambado e Jimmy P, as canções concorrentes ao Festival da Canção integram álbuns dos músicos que estão prestes a sair. “O Festival da Canção pode ser um espaço para os músicos apresentarem canções da sua discografia. Já não é só participar num programa de televisão, é usá-lo no bom sentido, como um elemento que faz parte da sua história discográfica.”