Metro do Porto tem luz verde para adjudicar produção de novos veículos
Não houve contestação ao concurso para produção de 18 veículos ganho por companhia chinesa. Adjudicação poderá avançar na próxima semana, revelou o ministro do Ambiente, Matos Fernandes.
O concurso para a compra de 18 novos veículos para a Metro do Porto não teve qualquer contestação durante o período legal e a adjudicação à companhia chinesa, por 49,6 milhões euros, menos 6,5 milhões do que o valor base do procedimento, deverá ser assinada durante a próxima semana. A boa nova foi dada esta terça-feira pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado, na Assembleia da República.
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O concurso para a compra de 18 novos veículos para a Metro do Porto não teve qualquer contestação durante o período legal e a adjudicação à companhia chinesa, por 49,6 milhões euros, menos 6,5 milhões do que o valor base do procedimento, deverá ser assinada durante a próxima semana. A boa nova foi dada esta terça-feira pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado, na Assembleia da República.
O concurso havia sido lançado em 2018, com um valor base de 56,1 milhões de euros, e a proposta de antecipação da encomenda pretendia dar resposta ao aumento de seis milhões de passageiros registado em 2019, potenciado pelo PART - Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, que, com o passe único, diminuiu o preço dos bilhetes mensais.
O objectivo da Metro do Porto é antecipar a chegada destes 18 veículos para o final de 2021, ainda antes de a linha Rosa (que ligará São Bento à Casa da Música) ficar pronta e da linha amarela (entre Vila Nova de Gaia e o Hospital de São João) ser prolongada. Estas novas linhas representam mais sete quilómetros de percurso e sete estações, com um investimento na ordem dos 300 milhões de euros, e é para elas, essencialmente, que o novo material circulante se destina.
A necessidade de aumentar a capacidade de resposta, já tinha levado a Metro do Porto a adaptar dois dos seus veículos, numa parceria com a Escola Superior de Arte e Design de Matosinhos, redesenhando o interior para ter mais espaço e maior mobilidade, mesmo com mais lugares. Esse projecto-piloto deverá começar a ser testado ainda este mês.
Com a aquisição dos novos veículos à companhia chinesa CRRC Tangsthan, a Metro do Porto passará a ter 120 viaturas, com as quais actua em sete concelhos, numa rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações. Em 2019, a Metro transportou mais de 70 milhões de pessoas, um aumento de cerca de 14% em relação ao ano anterior.
Viajar com cartão bancário
A partir de Abril deste ano, quem andar de metro na linha violeta (E, que serve o aeroporto) e nos eléctricos da STCP vai poder usar um cartão bancário com tecnologia contactless para pagar a viagem.
Será a primeira vez que estes cartões, que permitem fazer pagamentos com tecnologia de leitura por simples aproximação ao terminal de pagamento, sem ser necessário a marcação do código pessoal, serão usados para “aceder, viajar e pagar um transporte público”, explica em comunicado o Transportes Intermodais do Porto (TIP), que coordena o projecto com a Visa e a Unicre.
Esta alternativa ao Andante e à aplicação Anda, que desde 2018 permite a quem anda nos transportes públicos da Área Metropolitana do Porto ter uma espécie de passe no telemóvel, quer “melhorar a comodidade e a acessibilidade aos transportes públicos no Grande Porto”.
“Os objectivos deste projecto centram-se essencialmente na simplificação da experiência de utilização dos transportes públicos”, refere num comunicado o presidente do TIP, Tiago Braga, salientando a importância do projecto para turistas, clientes ocasionais e ainda numa lógica de “soluções de bilhética ambientalmente sustentáveis”.
Para utilizar, bastará aproximar o cartão de débito ou crédito com tecnologia contactless do validador do bilhete. Se o projecto-piloto tiver sucesso, a ideia deverá ser alargada a toda a rede de transportes Andante.
Entretanto, a Metro do Porto já conseguiu solucionar os problemas com a aplicação Anda, que tem 13840 apps activas e tinha deixado de funcionar para quem já tinha nos seus dispositivos a versão mais recente do sistema operativo Android (10). Para os utilizadores de iPhone, continua a não haver resposta.