Rui Rio ganhou em mais distritos do que em 2018

Há dois anos, o actual líder tinha tido vitórias pontuais nos distritos do sul do país, mas a realidade alterou-se. O Sul rendeu-se a Rui Rio.

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Rui Rio ganhou com 49,26% dos votos LUSA/JOSÉ COELHO

O mapa laranja do país mudou em relação às últimas directas, que opuseram Rui Rio a Pedro Santana Lopes. Rui Rio já não é sobretudo o rei do Norte e alargou parte do seu poder a distritos do Alentejo. Acima do Tejo perdeu Braga, Viseu e Leiria, mas abaixo ganhou Portalegre, Évora e Beja, que tinham votado no seu adversário há dois anos. Também conquistou 50,2% dos votos da secção Europa (78) - em 2018, a emigração tinha dado a vitória a Santana. Das 23 secções do PSD, o líder venceu em 13, Luís Montenegro em sete e Miguel Pinto Luz em três. Ainda assim, Rio teve agora menos militantes a porem a cruz no seu nome.

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O mapa laranja do país mudou em relação às últimas directas, que opuseram Rui Rio a Pedro Santana Lopes. Rui Rio já não é sobretudo o rei do Norte e alargou parte do seu poder a distritos do Alentejo. Acima do Tejo perdeu Braga, Viseu e Leiria, mas abaixo ganhou Portalegre, Évora e Beja, que tinham votado no seu adversário há dois anos. Também conquistou 50,2% dos votos da secção Europa (78) - em 2018, a emigração tinha dado a vitória a Santana. Das 23 secções do PSD, o líder venceu em 13, Luís Montenegro em sete e Miguel Pinto Luz em três. Ainda assim, Rio teve agora menos militantes a porem a cruz no seu nome.

A acta das eleições do últimos sábado ainda não foi publicada pelo conselho de jurisdição nacional, mas os números oficiais do site do PSD, que foram sendo actualizados ao longo da noite, mostram que Rui Rio perdeu mais de 7200 votos em relação a 2018, apesar de ter ganho em mais um “círculo”. O número de sociais-democratas que votaram na oposição à liderança também foi menor (em Santana tinham votado 19.244 e agora votaram menos 3318 em Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz), mas, proporcionalmente, o líder perdeu mais do que a oposição.

Em parte, esta redução global é explicada pelo facto de os valores da Madeira não estarem incluídos nas contas - a jurisdição decidiu anular a votação na ilha por causa do diferendo em relação ao pagamento das quotas - e de o número de eleitores total também se ter reduzido em onze mil militantes, passando de mais de 42 mil para perto de 31 mil.

Aumentar

Só nos três distritos (Braga, Viseu e Leiria) que votaram Rio há dois anos e que agora mudaram de lado, o líder teve a confiança de menos 1143 eleitores do que tinha tido. Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, pelo contrário, conseguiram melhorar a marca de Santana em 774 votos e ficaram à frente de Rio por 1100 cruzinhas. Ainda assim, votaram menos pessoas nessas três regiões (menos 5400). Já nos distritos conquistados pelo ex-autarca do Porto a Sul (Portalegre, Évora e Beja), nos quais houve menos 304 pessoas a votar, o actual líder ficou à frente dos opositores por 38 votos.

O que não mudou, de 2018 para 2020, foram os distritos onde Rui Rio conseguiu os seus melhores resultados. Percentualmente, continua a ser em Vila Real que Rio penetra melhor no PSD: 63,97% dos militantes votaram no líder em 2020 (em 2018 foram 65%). Em termos absolutos, é no Porto (a maior distrital) que o também líder parlamentar do PSD mais brilha. Desta vez, Rio conquistou 3592 votos no Porto (chegou aos 4574 há dois anos).

A vitória mais saborosa para Luís Montenegro foi em Braga, pelo menos em número de votos: 2485 (353 acima de Rio). Percentualmente, foi em 58,65% em Leiria (teve mais 276 votos do que o líder). Miguel Pinto Luz teve 1471 votos em Lisboa (37,75%) e não fez melhor em nenhuma outra região do país.

De acordo com o site do PSD, os resultados finais de 2020 são: 15.460 votos (49,26%) para Rui Rio; 13.039 (41,54%) para Luís Montenegro; e 2887 para Miguel Pinto Luz: 2887 (9,2%). Os votos expressos foram 31.386, sendo que houve ainda 363 brancos e nulos (total de eleitores: 40.604). Na noite eleitoral, Rio assumiu que ficou a 0,56% de ser eleito à primeira volta, o que corresponderá a 173 votos. O segundo round realiza-se a 18 de Janeiro.

Nestas directas, de acordo com a Lusa, não foram contabilizados os votos de 13 secções do PSD por ter sido registadas irregularidades, segundo o conselho de jurisdição nacional do PSD. As secções situam-se no distrito de Lisboa (Amadora), Portalegre (Alter do Chão) e Região Autónoma da Madeira.