Deputada municipal de Lisboa Joana Alegre ficou em terceiro lugar no The Voice

Com uma versão de Shallow de Lady Gaga, a filha de Manuel Alegre conquistou o voto do público, na primeira fase da final do concurso de talentos da RTP.

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Depois de ter conseguido o pleno das cadeiras nas provas cegas, em Outubro, a filha de Manuel Alegre conquistou o voto do público na primeira fase da final de The Voice Portugal, que decorreu na noite deste domingo. Durante o programa, houve ainda tempo para um dueto com o seu mentor, Diogo Piçarra – os dois cantaram E agora?, um tema assinado por Mikkel Solnado, cujo original conta precisamente com a concorrente.

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Depois de ter conseguido o pleno das cadeiras nas provas cegas, em Outubro, a filha de Manuel Alegre conquistou o voto do público na primeira fase da final de The Voice Portugal, que decorreu na noite deste domingo. Durante o programa, houve ainda tempo para um dueto com o seu mentor, Diogo Piçarra – os dois cantaram E agora?, um tema assinado por Mikkel Solnado, cujo original conta precisamente com a concorrente.

Quando restavam apenas três finalistas, Joana Alegre regressou ao tema com que passou nas provas cegas: Jenny of oldstones, uma música da banda sonora da série A Guerra dos Tronos, composta pelo germano-iraniano Ramin Djawadi, com letra inspirada em A song of ice and fire, mencionada no romance de George RR Martin que serve de base à série, e arranjada pelos argumentistas DB Weiss e David Benioff. A música, com influências celtas, foi gravada pela banda inglesa de indie rock Florence and the Machine. O resultado ditou que ficasse com o terceiro lugar no concurso da RTP, conquistado, entretanto, por Rita Sanches, após um duelo com Gabriel de Rose.

Joana Alegre no The Voice

A primeira interpretação de Joana Alegre, ainda nas provas cegas, conquistou os quatro mentores: António Zambujo, Aurea, Diogo Piçarra e Marisa Liz. A concorrente, de 33 anos, acabaria por escolher ser acompanhada por Piçarra, cuja bem-sucedida carreira também teve como alavanca um programa televisivo de talentos (Ídolos, SIC).

A sua segunda aparição foi numa “batalha”, contra o concorrente Gerson Santos e a arma seleccionada foi o tema dos Sétima Legião Por quem não esqueci, incluído no álbum de 1989 De Um Tempo Ausente. Seguiu-se o “tira-teimas”, com a concorrente a dar voz à espiritual Oceans (where feet may fail) não foi escolhida pelo seu mentor, mas acabaria por ser salva pelo público.

Nas galas, interpretou You are the reason, de Leona Lewis; Que amor não me engana, de Zeca Afonso; o gospel Amazing Grace; e, ao lado de Fernando Daniel, o vencedor da quarta edição do concurso que este ano foi premiado nos prémios MTV Europa como melhor artista português, juntou-se ao concorrente Gabriel Silva para dar voz a Se eu, do álbum homónimo do primeiro.

Da política para a música (ou será ao contrário?)

A participação de Joana Alegre foi recebida com surpresa, mas a sua voz não é uma estreia no mundo da música, tendo lançado o seu primeiro álbum, com temas maioritariamente compostos por si, em 2016: chamava-se Joan & The White Harts, incluía canções em português e inglês e, recorrendo a um tom interventivo, abria com Cavalos brancos, um poema do pai, o ex-candidato presidencial Manuel Alegre, que Joana musicou e cantou.

No entanto, a artista explicou que a participação no concurso é “uma oportunidade única”: “de mudar a minha vida, consagrar-me e poder viver dos meus sonhos sem comprometer a estabilidade da minha família.”

Paralelamente à carreira na música, Joana Alegre exerce actualmente mandato como deputada independente na Assembleia Municipal de Lisboa, após ter sido eleita pelo Movimento Cidadãos por Lisboa.