Rui Rio confiante na vitória na segunda volta das directas
Presidente do PSD ficou muito próximo de vencer as directas deste sábado logo à primeira volta.
Rui Rio, que ficou a 0,56% (49,44%) de vencer com maioria absoluta as eleições directas, disse na madrugada deste domingo que “a união faz-se mais rapidamente em torno do mais forte do que do mais fraco”, numa alusão à segunda volta das directas que vão escolher o futuro líder do partido.
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Rui Rio, que ficou a 0,56% (49,44%) de vencer com maioria absoluta as eleições directas, disse na madrugada deste domingo que “a união faz-se mais rapidamente em torno do mais forte do que do mais fraco”, numa alusão à segunda volta das directas que vão escolher o futuro líder do partido.
Confiante que da próxima vez a vitória definitiva não lhe vai escapar, Rui Rio disse que as contas eram fáceis de fazer: “Basta bater a meia-dúzia de portas” para conquistar o voto dos militantes, que fez questão de elogiar no seu discurso na noite eleitoral, após serem divulgados os resultados oficiais. Mas apontou uma outra razão: “Basta que alguns dos militantes de Miguel Pinto Luz [que teve 9,3% dos votos] não votem no próximo sábado”.
“Se fosse pelas regras antigas do partido e com a vantagem que tive relativamente ao meu adversário, estas eleições estavam arrumadissímas, mas comigo nada é fácil”, comentou, revelando que não houve voto a seu favor que não fosse por convicção. “Não negociei um único lugar com ninguém. Ninguém votou em mim por interesse pessoal e assim será na segunda volta”, declarou numa indirecta a Luís Montenegro.
No discurso não se esqueceu de cumprimentou Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro, seus adversários nas directas e que o saudaram pela vitória. “Depois de ganhar estas eleições conto com os apoios de um e de outro e de todos”, disse e, em tom de graça, revelou que perdoa a Pinto Luz por o obrigar a ir à segunda volta.
Depois deteve-se em elencar as três prioridades para o próximo mandato que passam por ganhar mais câmaras em 2021, abrir o PSD à sociedade civil e fazer uma oposição construtiva.
Enunciadas as prioridades, Rio pediu mudanças na forma como os partidos se relacionam com a sociedade. “Defendo que os partidos políticos têm que oferecer mais do que oferecem”, disse advertindo que o “PSD não é uma agência de distribuição de lugares”. “Nos partidos as pessoas devem zangar-se por ideias, e não por lugares”, observou, dizendo que os militantes que o apoiaram há dois anos e que agora não estiveram a seu lado “foi por causa do seu lugar ou do lugar do seu amigo”.
Questionado sobre se a vitória nas directas teve um sabor a derrota, o líder do PSD respondeu estar confiante na sua reeleição para presidente do partido, declarando que a “união faz-se mais rapidamente em torno do mais forte do que mais fraco”.
Relativamente ao desafio lançado por Montenegro para um frente-a-frente durante a semana que agora se inicia, Rio recusou, reiterando que o debate entre os três candidatos no âmbito destas directas “não foi prestigiante para o PSD”.