Presidente da República chega a Moçambique segunda-feira
Marcelo Rebelo de Sousa volta a Moçambique pela segunda vez no seu mandato para participar na tomada de posse do chefe de Estado moçambicano recentemente reeleito.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega segunda-feira a Maputo, para uma visita de cinco dias, destinada a participar na tomada de posse de Filipe Nyusi, Presidente moçambicano que na quarta-feira inicia um segundo mandato.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega segunda-feira a Maputo, para uma visita de cinco dias, destinada a participar na tomada de posse de Filipe Nyusi, Presidente moçambicano que na quarta-feira inicia um segundo mandato.
Marcelo deverá ainda aproveitar a oportunidade para visitar a cidade da Beira, cumprindo o desejo expresso logo após a passagem do ciclone Idai que, em Março de 2019, matou 604 pessoas e destruiu muitas infra-estruturas da cidade e região Centro do país, afectando com diversos prejuízos a comunidade portuguesa ali residente - composta por cerca de 2500 pessoas, segundo registos consulares.
Por outro lado, Portugal foi e continua a ser um dos países que contribui para a recuperação pós-ciclone, através de apoios públicos, privados, acções de solidariedade e organizações não-governamentais.
Marcelo Rebelo de Sousa chega a Maputo esta segunda-feira num voo comercial às 07:35 (mais duas horas que em Lisboa), seguindo-se, no resto do dia, um programa privado naquela que já classificou como a sua “segunda pátria”.
O Presidente conheceu Moçambique entre os 19 e os 20 anos, em temporadas de férias dos estudos na Faculdade de Direito de Lisboa, durante o mandato do seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, como governador-geral (1968-1970) da então província ultramarina, em plena guerra colonial.
Marcelo regressa pela segunda vez no seu mandato a Moçambique, depois de ter escolhido este país para a sua primeira visita de Estado em maio de 2016. Na altura, recebeu a chave da cidade de Maputo, 48 anos depois do seu pai, referindo na altura que o que une os dois países “ultrapassa regimes”.
“Comigo, Moçambique está em Belém, porque acompanho no dia-a-dia as alegrias moçambicanas e as preocupações. Acompanho como acompanho aquilo que se vive na minha família”, acrescentou.
Na terça-feira, Marcelo vai visitar a exposição “Português de Moçambique no Caleidoscópio” no Centro Cultural Português, além de se deslocar à Escola Portuguesa de Maputo, onde funciona o ensino do pré-escolar ao 12.º ano de escolaridade, integrado no sistema de educação português. O Presidente deverá terminar o dia com uma recepção oferecida à comunidade portuguesa estima-se que haja entre 23 a 25 mil portugueses em Moçambique.
O programa de quarta-feira é preenchido com a tomada de posse do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para a qual são esperados diversos chefes de Estado, estando por confirmar um encontro bilateral entre Marcelo e Nyusi durante a tarde.
O programa do dia termina com a cerimónia de assinatura de instrumentos para linhas de financiamento (Investimoz e FECOP) no Centro Cultural Português.
A deslocação à cidade da Beira está marcada para quinta-feira e será feita num voo de hora e meia com partida de Maputo num avião C130 da Força Aérea Portuguesa (FAP).
O programa na capital provincial de Sofala inclui visitas ao Consulado-Geral de Portugal e ao Centro Cultural Português na cidade, bem como ao Hospital Central da Beira, arrasado pelo ciclone Idai e reconstruído com diversos apoios, entre os quais de Portugal.
Marcelo oferece uma receção à Comunidade Portuguesa antes de regressar a Maputo, já durante a noite.
Na sexta-feira, o chefe de Estado português tem encontro marcado com a equipa da Cooperação Técnico-Militar, em Maputo.
Marcelo Rebelo de Sousa regressa a Portugal num voo comercial na manhã de sábado.
Nas eleições gerais realizadas em Moçambique, no dia 15 de outubro, Filipe Nyusi, presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) - partido no poder desde a independência - foi reeleito Presidente de Moçambique, à primeira volta, com 73% dos votos, de acordo com os resultados oficiais, contestados pela oposição - Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM).