O caso Matzneff obriga França a rever a sua relação com as elites e a pedofilia

Desde que a editora Vanessa Springora denunciou no livro Le Consentement a relação abusiva que teve aos 14 anos com Gabriel Matzneff, que tinha 50, o sector das letras e o governo prestam contas. A Gallimard e outras editoras, numa decisão inédita, mandaram retirar os textos mais explícitos do escritor, que há mais de 40 anos escreve sobre a sua predilecção pelo sexo com menores.

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Gabriel Matzneff, fotografado em 1983 Florence Kirastinnicos

Desde o final do ano passado que as letras francesas, e com elas o sector cultural e o país como um todo, estão a braços com o caso Gabriel Matzneff: um escritor conceituado, aplaudido pela intelectualidade e apologista desde há décadas do sexo com menores de 16 anos. A comoção, e a denúncia, foi feita pela editora e escritora Vanessa Springora no livro Le Consentement, que desde que foi lançado dia 2 está no top de vendas francesas. Pouco depois, as autoridades abriram uma investigação por violação de menor em torno de Matzneff e editoras mais conceituadas como a Gallimard tomaram uma decisão inédita depois de 30 anos a vender a sua obra: retirá-la das bancas.

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Desde o final do ano passado que as letras francesas, e com elas o sector cultural e o país como um todo, estão a braços com o caso Gabriel Matzneff: um escritor conceituado, aplaudido pela intelectualidade e apologista desde há décadas do sexo com menores de 16 anos. A comoção, e a denúncia, foi feita pela editora e escritora Vanessa Springora no livro Le Consentement, que desde que foi lançado dia 2 está no top de vendas francesas. Pouco depois, as autoridades abriram uma investigação por violação de menor em torno de Matzneff e editoras mais conceituadas como a Gallimard tomaram uma decisão inédita depois de 30 anos a vender a sua obra: retirá-la das bancas.