Da Rússia ao Irão, uma cronologia de aviões civis abatidos por forças militares

A tragédia de Teerão, causada pelo disparo de um míssil iraniano, é o mais caso mais recente numa lista que soma centenas de mortes apenas nas últimas três décadas.

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Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu no Leste da Ucrânia em 2014 Reuters/MAXIM ZMEYEV

queda de um avião ucraniano nos arredores de Teerão, que se sabe agora que foi abatido inadvertidamente com um míssil disparado pela Guarda Revolucionária do Irão, não é um caso isolado nas últimas décadas. Nem sequer é o primeiro incidente do género a envolver ucranianos ou iranianos.

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queda de um avião ucraniano nos arredores de Teerão, que se sabe agora que foi abatido inadvertidamente com um míssil disparado pela Guarda Revolucionária do Irão, não é um caso isolado nas últimas décadas. Nem sequer é o primeiro incidente do género a envolver ucranianos ou iranianos.

União Soviética, 1983

Um Boeing 747 da Korean Air Lines (KAL) foi abatido pela aviação soviética ao largo da ilha de Moneron, a oeste da Sacalina, no Extremo Oriente russo, matando todos os 269 ocupantes. O aparelho, que ligava Nova Iorque a Seul, desviou-se da rota e entrou em espaço aéreo restrito. Uma investigação oficial concluiu que o desvio foi causado por um erro do piloto da KAL na configuração do sistema de navegação aérea.

Irão, 1988

O navio de guerra norte-americano USS Vincennes abate com um míssil, e por engano, um avião comercial iraniano no Golfo Pérsico. Morrem 290 pessoas. O voo 655 da Iran Air ligava Bandar Abbas, no Irão, e o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O USS Vincennes estava em águas iranianas no momento do ataque e terá identificado incorrectamente o Airbus A300 como um F-14 iraniano.

Geórgia, 1993
 
Dois aviões civis foram abatidos no espaço de poucos dias, Setembro de 1993, quando aterravam no aeroporto de Sukhumi, na república separatista georgiana da Abkházia, então palco de um violento conflito entre os independentistas e as autoridades centrais de Tbilisi. Mais de 150 pessoas morreram nos dois ataques.

Mar Negro, 2001 

Um voo da Siberian Airlines explode sobre o Mar Negro, ao sul da Ucrânia, quando fazia a rota entre Telavive, Israel e Novosibirsk, na Rússia. O avião foi atingido por um míssil ucraniano S-200, disparado da península da Crimeia durante um exercício militar. Kiev acabaria por reconhecer oficialmente a responsabilidade na queda do Tupolev-154.

Ucrânia, 2014

Um Boeing 777 da Malaysia Airlines, que tinha partido de Amesterdão, Holanda, e seguia para Kuala Lumpur, capital da Malásia, é atingido por um míssil ao sobrevoar o Leste da Ucrânia, palco de confrontos entre as autoridades de Kiev e separatistas pró-russos. Todos os 283 passageiros e 15 tripulantes morrerem, entre os quais 80 crianças. É desastre aéreo com mais vítimas mortais na última década. O incidente dá início a uma longa troca de acusações entre Kiev e os separatistas apoiados por Moscovo, até que uma investigação internacional conclui que o míssil foi disparado pelos rebeldes apoiados pela Rússia.