Morreu Qaboos bin Said al Said, sultão de Omã, aos 79 anos
O sultão reinava há quase 50 anos e é-lhe atribuída a modernização e desenvolvimento do país. O primo, Haitham bin Tariq al-Said, foi anunciado como seu sucessor.
O sultão Qaboos bin Said al Said de Omã, que reinava no país há quase 50 anos, morreu na sexta-feira à noite aos 79 anos, vítima de doença prolongada, anunciou a agência de notícias oficial. “É com tristeza (...) que o sultanato de Omã chora (...) o nosso sultão Qaboos bin Said al Said (...) chamado por Deus na sexta-feira à noite”, indicou a agência, ao anunciar a morte do chefe de Estado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O sultão Qaboos bin Said al Said de Omã, que reinava no país há quase 50 anos, morreu na sexta-feira à noite aos 79 anos, vítima de doença prolongada, anunciou a agência de notícias oficial. “É com tristeza (...) que o sultanato de Omã chora (...) o nosso sultão Qaboos bin Said al Said (...) chamado por Deus na sexta-feira à noite”, indicou a agência, ao anunciar a morte do chefe de Estado.
De acordo com a agência Reuters, Haitham bin Tariq al-Said, seu primo, foi anunciado como sucessor numa transição tranquila.
Sem pormenores sobre a causa de morte, a agência indicou que foram decretados três dias de luto, com paragem do sector público e privado, e um período de 40 dias durante o qual as bandeiras vão permanecer a meia haste.
O sultão de Omã, que não deixou descendência sofria há vários anos de uma doença que nunca foi tornada pública. O estado de saúde do monarca era uma questão muito sensível e mantida em segredo, à excepção de algumas viagens ao estrangeiro para exames ou tratamentos médicos.
Com a morte do sultão, a região perde um líder confiável e experiente que conseguiu equilibrar os laços entre dois países vizinhos envolvidos numa luta regional, a Arábia Saudita a Oeste e o Irão a Norte. O novo governante de Omã já veio garantir que vai manter a mesma política externa do seu primo, que diz ter sido construída com base na coexistência pacífica e na manutenção de laços de amizade com todas as nações.
Num discurso transmitido pela televisão estatal, pediu ainda esforços para desenvolver o “pequeno país produtor de petróleo”, numa continuação do caminho do seu antecessor.
Qaboos chegou ao poder em 1970, depois de afastar o pai Said bin Taimur num golpe palaciano, e é-lhe atribuída a modernização e desenvolvimento do país árabe, que conta com grandes reservas de petróleo tal como os vizinhos do golfo Pérsico.
Ao longo do seu reinado, o sultanato manteve-se afastado dos conflitos no golfo e no Médio Oriente, mantendo uma posição neutral entre o eixo sunita, liderado pela Arábia Saudita, e o xiita, encabeçado pelo Irão.
Embora de baixa intensidade, foi o primeiro Governo do golfo Pérsico a estabelecer laços com Israel.