O Liverpool bateu o Tottenham e um recorde

Carreira impressionante dos “reds” na Premier League está para durar. Foi o 20.º triunfo em 21 jogos.

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Roberto Firmino remata para o golo do triunfo do Liverpool Dylan Martinez/Reuters

Como se trava este Liverpool? Até à data, na Premier League 2019-20, só o Manchester United pode responder a esta questão. Na 22.ª jornada da prova, os “reds” alcançaram em Londres, à custa do Tottenham, a 20.ª vitória da época (0-1) e, com ela, um recorde absoluto na competição: nunca, por esta altura, com 21 jogos realizados (o campeão europeu tem uma partida em atraso), um clube tinha atingido 61 pontos. Caiu, assim, o recorde que até agora pertencia ao Manchester City, desde 2017-18, para o melhor arranque de campeonato (59 pontos).

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Como se trava este Liverpool? Até à data, na Premier League 2019-20, só o Manchester United pode responder a esta questão. Na 22.ª jornada da prova, os “reds” alcançaram em Londres, à custa do Tottenham, a 20.ª vitória da época (0-1) e, com ela, um recorde absoluto na competição: nunca, por esta altura, com 21 jogos realizados (o campeão europeu tem uma partida em atraso), um clube tinha atingido 61 pontos. Caiu, assim, o recorde que até agora pertencia ao Manchester City, desde 2017-18, para o melhor arranque de campeonato (59 pontos).

O 11.º embate entre Jürgen Klopp e José Mourinho sorriu ao alemão, que leva vantagem nesta contabilidade particular e também nos confrontos com os “spurs” (em 12, soma sete vitórias, quatro empates e apenas uma derrota). Sem surpresas, o Liverpool surgiu em Londres a comandar o jogo, no seu 4x3x3, com o tridente do costume na frente, enquanto o Tottenham, privado de Harry Kane pelo menos até Abril, se dispôs inicialmente num 4x4x2 que previa Lucas Moura e Dele Alli como elementos mais adiantados.

Não terá sido surpresa para ninguém que muitos dos desequilíbrios causados pelos “reds” tenham surgido através de transições ofensivas e do ataque à profundidade. Aos 3’, o primeiro exemplo: bola nas costas do quarteto defensivo, Firmino a rematar para um corte sobre a linha de golo e Oxlade-Chamberlain, na recarga, a acertar em cheio no poste. Acendia-se muito cedo a luz de alarme para Mourinho.

Com mais bola e mais paciência na circulação, o Liverpool procurava atrair a pressão contrária para depois activar Mané e Salah com passes longos, e voltou a colocar Gazzaniga em sentido com um cabeceamento de Van Dijk, mas seria aos 37’ que chegaria ao golo…na sequência de um lançamento lateral. Jordan Henderson ganhou o ressalto na área, Salah segurou de costas para a baliza e Firmino, de pé esquerdo, finalizou com um remate cruzado. Foi o 95.º golo da história do Liverpool ao Tottenham em jogos da Liga inglesa.

Os pressupostos não se alteraram no segundo tempo, com os “spurs” a incomodarem o rival somente em transições rápidas. Já tinha acontecido uma vez com Son Heung-Min na primeira parte e voltou a acontecer numa fuga do sul-coreano pelo corredor esquerdo. Mas as melhores ocasiões dos londrinos surgiram somente depois de José Mourinho ter assumido maior risco, ao lançar em simultâneo Lo Celso e Lamela para os lugares de Eriksen e Rose (69’). Lucas ficou mais desamparado na frente, é verdade, mas o Tottenham passou a ter ascendente no meio-campo.

E foi graças a uma recuperação no último terço que Son ficou isolado na cara de Alisson (75’), após assistência de Lucas Moura, desperdiçando a oportunidade com um remate por cima da trave. Foi a primeira grande ocasião do Tottenham. A segunda chegou aos 82’, graças a um cruzamento perfeito de Aurier ao qual Lo Celso, já em esforço e na pequena área, não deu o melhor seguimento.

Serviu para assustar o Liverpool, mas não para lhe puxar o tapete. Serviu para dar esperança num futuro melhor aos adeptos do Tottenham, mas não para aproximar a equipa dos lugares de acesso à Liga dos Campeões. Foi uma reacção tardia diante de um adversário que tem intensidade e qualidade para dar e vender e que ameaça continuar a bater recordes.

Leicester arrisca ultrapassagem

A superioridade do Liverpool face à concorrência tornou-se ainda mais vincada (16 pontos de vantagem sobre o perseguidor directo) face ao deslize do Leicester City, que foi surpreendido em casa pelo Southampton (1-2) e poderá perder no domingo o segundo lugar, caso o Manchester City vença no terreno do Aston Villa, a primeira equipa acima da linha de água.

E se o Tottenham acabou por não ter uma jornada 100% desastrosa, deve-o não só ao empate entre Crystal Palace e Arsenal (1-1), duas formações que mordem os calcanhares aos “spurs” na tabela, mas também à igualdade registada pelo Wolverhampton, em casa, diante do Newcastle (1-1, com o resultado a ficar fechado aos 14’). Este resultado mantém a equipa comandada por Nuno Espírito Santo um ponto acima da de José Mourinho, mas mais longe do top 5.

Isto porque o Chelsea confirmou a quarta posição com uma vitória confortável sobre o Burnley (3-0), enquanto o Manchester United goleou o Norwich (4-0, com um bis de Marcus Rashford), lanterna-vermelha da Premier League, e segurou o quinto posto. Para que se perceba o fosso que separa o quinto classificado do líder bastam os números: 27 pontos de diferença. E um jogo a menos para o Liverpool.