O mundo que poderia ter sido

Vale a pena pensar como teria sido se a Sociedade das Nações tivesse dado certo há cem anos. Pensar nisso já não serve de nada aos que passaram. Mas pode servir-nos de alguma coisa a nós.

Uma coisa é certa sobre a Idade Média: ninguém andou pela Europa e o Mediterrâneo, entre o século V e o século XV, a dizer “olha, chegámos à Idade Média e abandonámos a Antiguidade”. O que é normal porque antes também ninguém tinha dito “olá olá, aqui estamos nós na Antiguidade!”. Por que raio haveria gente que representava a finíssima película de alguns séculos de escrita depois de dezenas de milhares de anos de história da humanidade sem escrita (a que chamamos pré-história) de pensar em si e na sua época de outra forma que não fosse como a guarda avançada de um novo tempo? E a Idade Média seria “média” entre o quê e o quê se boa parte das suas gentes acreditava que o mundo estaria para acabar ainda nas suas gerações?

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Uma coisa é certa sobre a Idade Média: ninguém andou pela Europa e o Mediterrâneo, entre o século V e o século XV, a dizer “olha, chegámos à Idade Média e abandonámos a Antiguidade”. O que é normal porque antes também ninguém tinha dito “olá olá, aqui estamos nós na Antiguidade!”. Por que raio haveria gente que representava a finíssima película de alguns séculos de escrita depois de dezenas de milhares de anos de história da humanidade sem escrita (a que chamamos pré-história) de pensar em si e na sua época de outra forma que não fosse como a guarda avançada de um novo tempo? E a Idade Média seria “média” entre o quê e o quê se boa parte das suas gentes acreditava que o mundo estaria para acabar ainda nas suas gerações?