1936?

Quem ouviu nestes dias Pablo Casado no Congresso espanhol, percebe facilmente o tom guerracivilista que por ali vai. É por isso que parece que estamos em 1936.

Um amigo meu espanhol mandou-me o calendário de 1936. Coincide dia por dia com o deste ano, bissextos ambos. A dúvida implícita é se o novo governo de coligação de esquerda espanhol, que toma posse, como o de Manuel Azaña, num inverno, soçobrará até ao próximo verão, como aconteceu em 1936, face ao golpismo larvar das direitas espanholas. É óbvio ser muito improvável que tenhamos uma nova guerra civil em Espanha, pelo menos uma feita de fuzilamentos em massa e Guernicas, mas quem ouviu nestes dias Pablo Casado no Congresso espanhol, tão feroz quanto Santiago Abascal, e quem acompanha a radicalização sem fim à vista das direitas espanholas, percebe facilmente o tom guerracivilista que por ali vai. É por isso que parece que estamos em 1936.

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Um amigo meu espanhol mandou-me o calendário de 1936. Coincide dia por dia com o deste ano, bissextos ambos. A dúvida implícita é se o novo governo de coligação de esquerda espanhol, que toma posse, como o de Manuel Azaña, num inverno, soçobrará até ao próximo verão, como aconteceu em 1936, face ao golpismo larvar das direitas espanholas. É óbvio ser muito improvável que tenhamos uma nova guerra civil em Espanha, pelo menos uma feita de fuzilamentos em massa e Guernicas, mas quem ouviu nestes dias Pablo Casado no Congresso espanhol, tão feroz quanto Santiago Abascal, e quem acompanha a radicalização sem fim à vista das direitas espanholas, percebe facilmente o tom guerracivilista que por ali vai. É por isso que parece que estamos em 1936.