Família real britânica magoada e desiludida com Harry e Meghan

A declaração dos duques de Sussex foi uma surpresa para a rainha Isabel II e para o príncipe Carlos, a avó e o pai de Harry, respectivamente.

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A família real britânica está magoada e desiludida com o anúncio do príncipe Harry e da sua mulher, Meghan. Os duques de Sussex informaram nas redes sociais, nesta quarta-feira, que querem deixar de ser altos membros da família real,e que vão ser financeiramente autónomos. A decisão “é uma questão da família real”, declarou um porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson.

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A família real britânica está magoada e desiludida com o anúncio do príncipe Harry e da sua mulher, Meghan. Os duques de Sussex informaram nas redes sociais, nesta quarta-feira, que querem deixar de ser altos membros da família real,e que vão ser financeiramente autónomos. A decisão “é uma questão da família real”, declarou um porta-voz do primeiro-ministro, Boris Johnson.

A declaração foi, aparentemente, uma surpresa para a rainha Isabel II e para o príncipe Carlos, a avó e o pai de Harry, respectivamente. Harry é o sexto na linha de sucessão ao trono e esta decisão não o afasta do trono, mantendo-se, tal como o seu filho, Archie (ambos descem de posição se os duques de Cambridge tiverem mais filhos ou, entretanto, netos). Para Harry e Archie deixarem de estar na linha de sucessão seria preciso a intervenção do Parlamento.

A posição do Palácio de Buckingham, após a declaração de quarta-feira, é de alguma cautela e não se escancaram as portas para que os duques de Sussex saiam conforme desejam. Antes informa que as negociações ainda estão “numa fase inicial” e que, embora a vontade do casal seja “compreendida” pela casa real, esta é uma “questão complicada que levará tempo para ser resolvida”.

Harry não fecha completamente a porta à família, pois anuncia que quer manter alguns deveres reais. No anúncio feito na quarta-feira, o casal avançou que espera tornar-se financeiramente independente e criar uma nova instituição de caridade, mantendo alguns deveres reais. Actualmente, segundo o site da família real britânica, Harry apoia a rainha e a família real através do seu envolvimento em obras de caridade e deveres públicos, como viagens oficiais ao estrangeiro, “às vezes, em nome da rainha”.

Afastamento e ausências

O ano que passou, 2019, não foi fácil para o casal, nomeadamente para Meghan, que foi atacada pelos media britânicos, com alguma regularidade, ataques que o marido denunciou, chegando a compará-la com a mãe, a princesa Diana; mas que nenhum membro da família real condenou, recorda a BBC.

A Reuters lembra que Harry e William, o irmão e segundo na linha de sucessão ao trono britânico, estão zangados. Antes ainda de Harry e Meghan se casarem, os dois casais apareceram juntos em compromissos oficiais e os media britânicos começaram a chamar-lhes Fab Four, os “fabulosos quatro”, mas a relação foi arrefecendo. Em Junho, os duques de Sussex e de Cambridge afastaram-se. O príncipe chegou a tecer comentários sobre esse afastamento, confessando: “Não nos vemos tanto como era costume, porque estamos muito ocupados, mas eu amo-o muito. Como irmãos, temos dias bons e dias maus.” Isabel II não gostou.

Harry, Meghan e Archie, o filho do casal, saíram de Londres na véspera do dia de Acção de Graças, no final de Novembro, passando-o com a mãe da ex-actriz de Suits, Defesa à Medida, na Califórnia, e rumaram ao Canadá, onde estiveram nas últimas semanas do ano, não tendo passado o Natal no Reino Unido. Os duques de Sussex desejaram as boas festas com uma fotografia partilhada nas redes sociais e regressaram no início deste ano a Londres com o anúncio do seu afastamento – uma decisão que abala a monarquia britânica.

Ainda há muitas dúvidas sobre a situação do casal, e uma delas é onde irá viver. Fala-se dos EUA, onde vive a mãe da ex-actriz, e do Canadá, que faz parte da Commonwealth e onde Meghan viveu vários anos. Sabe-se que o casal quer manter Frogmore Cottage, a residência oficial dos duques de Sussex. O custo das obras de remodelação da casa, que fica no Palácio de Windsor, foi muito criticado por aquelas terem ascendido aos 2,7 milhões de euros.

Quanto ao que vão fazer, a intenção é criar uma fundação com um cariz mais universal, ou seja, que chegue aos EUA e a África, e cujo enfoque seja o empoderamento feminino, um tema querido a Meghan, que chegou a ser representante das Nações Unidas.

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