Agência do Ambiente tem 27 milhões para defesa de 11 pontos da costa de Norte a Sul

Entre as 11 operações anunciadas, a de alimentação artificial do areal na zona entre Cova-Gala e Lavos, na Figueira, leva a maior fatia, 19 milhões de euros.

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A área a sul do Porto da Figueira da Foz tem sido muito afectada pela erosão PAULO PIMENTA

A alimentação artificial das praias no troço costeiro a sul da Figueira da Foz (Cova-Gala – Costa de Lavos), um investimento de 19 milhões de euros, é a mais dispendiosa operação de combate à erosão costeira de um total de 11 intervenções anunciadas esta segunda-feira pela Agência Portuguesa do Ambiente. Para todas elas, a APA conseguiu financiamento europeu do POSEUR no valor de 27 milhões, a aplicar nas cinco regiões hidrográficas, desde Vila do Conde a Portimão, em 2020.

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A alimentação artificial das praias no troço costeiro a sul da Figueira da Foz (Cova-Gala – Costa de Lavos), um investimento de 19 milhões de euros, é a mais dispendiosa operação de combate à erosão costeira de um total de 11 intervenções anunciadas esta segunda-feira pela Agência Portuguesa do Ambiente. Para todas elas, a APA conseguiu financiamento europeu do POSEUR no valor de 27 milhões, a aplicar nas cinco regiões hidrográficas, desde Vila do Conde a Portimão, em 2020.

A recarga, com areia, das praias entre a Cova Gala e Lavos resulta de uma parceria entre o Porto da Figueira da Foz, o município da Figueira e a APA, e prevê o aproveitamento dos inertes provenientes das dragagens na barra da Figueira da Foz. Será reforçado, neste caso, o areal e o cordão dunar a sul do esporão n.º 5 da Cova Gala, explicou a APA em comunicado.

Também financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, na Região Norte está prevista a intervenção de protecção e reabilitação do paredão (defesa aderente) da marginal da praia de Árvore, no concelho de Vila do Conde. A obra, reclamada, localmente, há muito, vem resolver um problema num troço de 70 metros duramente afectado pelas tempestades de 2018 Emma e Gisele.

Já na Região Centro, que inclui uma das faixas de costa mais vulneráveis ao avanço do mar e à erosão costeira, estão previstas cinco intervenções, no âmbito da candidatura “Acções de Protecção do Litoral na Região Centro – Cortegaça/Vieira”. Ao todo a APA gastará 5,2 milhões de euros para “protecção, recuperação e estabilização dunar a norte do esporão sul de Cortegaça, em Ovar, entre a praia da Barra e Costa Nova, em Ílhavo, e entre a praia de Quiaios e Murtinheira, na Figueira da Foz, bem como a reabilitação e manutenção da defesa aderente, em Ílhavo, e o reforço e reabilitação dos molhes a sul e a norte da foz do rio Liz e a requalificação marginal – praia da Vieira, na Marinha Grande”.

Mais a sul, na Região do Tejo e Oeste serão investidos cerca de 1,1 milhões de euros em duas acções que, segundo a APA, visam a promoção da adaptação às alterações climáticas e prevenção e gestão de riscos. Em dois pontos do concelho de Peniche, a agência vai proceder à recuperação do cordão dunar das praias da Cova de Alfarroba, Baía e Baleal Campismo e à estabilização da arriba do Porto da Areia Sul. 

No Alentejo, o objectivo é outro. A APA vai investir cerca de 160 mil euros na demolição da construção ilegal na praia de Galapos, em Setúbal. Na nota enviada à imprensa, a Agência Portuguesa do Ambiente explica que “se trata da demolição de uma construção ilegal localizada em Domínio Público Marítimo e em zona de risco”. Com a obra vai ser também remodelado o actual acesso público à praia de Galapos, “que actualmente não permite a circulação de veículos até ao areal, o que assume especial relevância no eventual socorro de pessoas em situações de emergência e visa ainda a protecção do litoral, antecipando riscos e cenários potenciados pelas alterações climáticas”.

Na Região do Algarve, e ainda no âmbito deste pacote financiado pelo POSEUR estão previstas duas intervenções, que prevêem um investimento total de cerca de 1,35 milhões euros, no âmbito de duas candidaturas. Na praia do Vau, em Portimão, a APA pretende promover o alargamento do areal do troço costeiro entre as praias do Vau e da Rocha, de forma a aumentar a área disponível para os utilizadores das praias fora das faixas de risco das arribas. Já no concelho de Vila do Bispo está prevista a estabilização de uma arriba contígua ao baluarte poente da Fortaleza de Sagres, que é monumento nacional.