Nos Globos de Ouro, desfilou-se na passadeira vermelha sem meias medidas

Entre o discreto e seguro preto e o ostensivo vermelho, não houve lugar para muitos meios tons na red carpet dos Globos de Ouro. Já os brilhos não faltaram.

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Os especialistas em moda anteviam que este ano seria o fim do luto pós-movimento #MeToo, que pintou as passadeiras vermelhas de preto há dois anos. Até porque, sublinhavam, as últimas tendências que se passearam pelas semanas da moda um pouco por todas as principais capitais (Milão, Nova Iorque, Paris...) apontavam para o regresso dos brilhos, das cores fortes, dos prateados, dos motivos em arco-íris ou technicolor.

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Os especialistas em moda anteviam que este ano seria o fim do luto pós-movimento #MeToo, que pintou as passadeiras vermelhas de preto há dois anos. Até porque, sublinhavam, as últimas tendências que se passearam pelas semanas da moda um pouco por todas as principais capitais (Milão, Nova Iorque, Paris...) apontavam para o regresso dos brilhos, das cores fortes, dos prateados, dos motivos em arco-íris ou technicolor.

No entanto, viram-se muitos vestidos pretos, com mais ou menos brilhos. Um dos destaques da noite foi o escolhido por Cynthia Erivo, do designer Thom Browne, cuja montagem terá levado 800 horas. Erivo, nomeada pela primeira vez para um Globo de Ouro (para melhor actriz num filme dramático por Harriet, de Kasi Lemmons), mostrava-se feliz e tinha três milhões de razões para isso: de diamantes ao pescoço.

Ainda assim, em duas coisas as previsões estavam certas: houve brilhos a rodos, como no vestido de Ana de Armas, nomeada para melhor actriz num filme musical ou comédia por Knives Out: Todos São Suspeitos, de Rian Johnson; uma forte tendência dos prateados, apreciada no vestido justo de Christina Applegate (nomeada para melhor actriz numa série musical ou comédia por Dead to Me), assinado por Stéphane Rolland; e o regresso das cores fortes, sobretudo do vermelho.

Entre outras, Scarlett Johansson, num romântico Vera Wang escarlate, Nicole Kidman, num longo vestido vermelho e Sofía Vergara, que esbanjou sensualidade num Dior.

Quem também fugiu do preto foi Jennifer Lopez (nomeada para melhor actriz secundária num filme por Ousadas e Golpistas, de Lorene Scafaria), que chamou as atenções com um Valentino a cruzar o branco, o verde-esmeralda e o dourado. Verde-esmeralda foi também a selecção de Jodie Comer, que surgiu num vestido que combinava o estilo império com mangas em balão.

Pelo meio do habitual desfile de vaidades houve ainda espaço para as exuberâncias de Joey King (nomeada para melhor actriz numa minissérie ou num filme televisivo pela série The Act) num artístico e ondulante Iris van Herpen; de Billy Porter, que voltou a surpreender com um conjunto branco de Alex Vinash, cujo casaco termina com uma longa cauda de penas; ou de Kaitlyn Dever, que se apresentou num Valentino a remeter para os ambientes dos contos de fada.