Umaro Sissoco Embaló quer tomar posse a 15 de Fevereiro
Presidente eleito diz que o “país está parado e há muita coisa a fazer”. Simões Pereira, que quer impugnar o resultado das presidenciais, marcou conferência de imprensa para este sábado.
O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse neste sábado que quer marcar a tomada de posse para 15 de Fevereiro, porque o país está parado e “há muita coisa para fazer”.
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O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse neste sábado que quer marcar a tomada de posse para 15 de Fevereiro, porque o país está parado e “há muita coisa para fazer”.
“Já falei com o Presidente cessante José Mário Vaz e estou a pensar lá para o dia 15 [de Fevereiro]. Não vim aqui empurrar o homem. Já sou o Presidente eleito e não tenho pressa para tomar posse, mas o país está parado e há muita coisa a fazer”, disse Umaro Sissoco Embaló.
“O país está numa situação económica complicada e também não posso abusar dos escassos meios que o país tem para fazer uma grande festa. Queria fazer uma coisa simbólica com os amigos. Tenho poucos amigos e bons”, afirmou no aeroporto internacional Osvaldo Vieira momentos antes de viajar para o Senegal.
Umaro Sissoco Embaló disse que vai a Dacar a convite do chefe de Estado senegalês, Machy Sall.
“Hoje tenho um jantar com o Presidente Macky Sall, amanhã vou almoçar com o Presidente Sassou-Nguesso [da República do Congo] e no domingo com o Presidente Buari [da Nigéria], o Presidente Marcelo [Rebelo] de Sousa também já me convidou e o de Cabo Verde também”, acrescentou.
Nas declarações aos jornalistas, o Presidente eleito da Guiné-Bissau reafirmou o seu compromisso com o povo guineense, salientando que venceu as eleições com o voto do povo e não da elite do país.
“Desta vez haverá solução para a Guiné-Bissau e para todos os guineenses sem exclusão. Mas uma coisa é certa haverá rigor e disciplina e cada um vai saber qual é a sua tarefa, independentemente de onde esteja”, disse.
Umaro Sissoco Embaló disse também que não vai banalizar a função de chefe de Estado, nem a República da Guiné-Bissau.
“A primeira coisa que temos de fazer é unir os guineenses e dar confiança aos guineenses, sem arrogância. Hoje não posso estar aqui a pensar que sou melhor que os outros. Temos de ter respeito mútuo”, frisou.
Umaro Sissoco Embaló regressa ao país durante a próxima semana.
Segundo os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, divulgados quarta-feira, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
Simões Pereira entregou na sexta-feira ao Supremo Tribunal de Justiça um pedido de impugnação das eleições, argumentando que há provas de que foram cometidas fraudes nas eleições que se realizaram no dia 29 de Dezembro. O candidato derrotado marcou para este sábado uma conferência de imprensa.