O Sp. Braga de Rúben Amorim já dá que falar
Na estreia do técnico português, os minhotos banalizaram o Belenenses SAD, no Jamor, com a maior goleada da temporada.
Bastou um jogo para se perceber que o Sp. Braga de Rúben Amorim pouco tem a ver com o Sp. Braga de Ricardo Sá Pinto. Não necessariamente porque ganhou, e de forma confortável, numa prova que tem sido o calcanhar de Aquiles da equipa nesta época, mas porque mudou de sistema e de dinâmicas. No Estádio do Jamor, os minhotos surpreenderam o Belenenses SAD com um posicionamento audaz e arrancaram, à 15.ª jornada, a maior goleada nesta Liga (1-7).
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Bastou um jogo para se perceber que o Sp. Braga de Rúben Amorim pouco tem a ver com o Sp. Braga de Ricardo Sá Pinto. Não necessariamente porque ganhou, e de forma confortável, numa prova que tem sido o calcanhar de Aquiles da equipa nesta época, mas porque mudou de sistema e de dinâmicas. No Estádio do Jamor, os minhotos surpreenderam o Belenenses SAD com um posicionamento audaz e arrancaram, à 15.ª jornada, a maior goleada nesta Liga (1-7).
Havia dúvidas sobre a estrutura que o Sp. Braga iria apresentar, mas cedo ficou claro que o 3x4x3 já adoptado pelo treinador nas duas empreitadas anteriores tem raízes sólidas. Com uma tremenda reacção à perda da bola e a condicionarem a primeira fase de construção de um adversário que quis sempre sair em futebol apoiado, os bracarenses abriram o marcador logo aos 8’, por Ricardo Horta. Aos 19’, dobraram a vantagem (finalização de Trincão), aproveitando um erro na saída de bola do Belenenses SAD, tendência que se manteve ao longo do jogo. E três minutos depois Horta bisou, num ataque veloz à profundidade.
Sem mudar o guião, Pedro Ribeiro continuou a assumir o risco de um bloco médio/alto e de uma circulação de bola errática, que facilitava as transições de um Sp. Braga que criava muitas vezes superioridade numérica no meio-campo. Do lado oposto, a exposição dos laterais, nem sempre colmatada pelas compensações do trio de centrais (Tormena, Raúl Silva e Bruno Viana), poderiam trazer problemas aos minhotos, mas os anfitriões quase nunca foram capazes de explorar o filão.
Silvestre Varela ainda reduziu a desvantagem para o Belenenses SAD, num bom lance individual (32’), mas a supremacia bracarense ficou mais vincada antes do intervalo, quando Palhinha disparou de fora da área para o 1-4, que deixou os “azuis” completamente fora de combate.
Se dúvidas houvesse, o arranque do segundo tempo tê-las-ia dissipado, quando Paulinho elevou para 1-5 o marcador, deixando no ar somente a dúvida acerca dos números finais do triunfo do Sp. Braga. Com a troca de avançados (aos 69’) e a expulsão de Robinho (75’), Rúben Amorim “ganhou” mais dois golos, ambos marcados dentro da pequena área: Rui Fonte fez o 1-6 aos 84’ e, no último lance da partida, ainda revisto pelo VAR, fixou o resultado, aproveitando uma saída infeliz de Koffi.
Uma estreia retumbante de uma segunda versão do Sp. Braga que pretende ser mais autoritário no campeonato. A julgar pela amostra, está no bom caminho.