Benfica não podia ter mantido cabeça mais fria
Vitória sofreu o golo no primeiro remate de uma equipa que soube congelar uma noite menos inspirada, perante um adversário que só pecou na finalização.
O Benfica passou incólume em Guimarães (0-1) na 15.ª jornada da Liga, num jogo que se afigurava bastante complicado para o arranque de 2020, aumentando para sete pontos a vantagem sobre o FC Porto, que no domingo tentará, sob forte pressão, repor a diferença em Alvalade.
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O Benfica passou incólume em Guimarães (0-1) na 15.ª jornada da Liga, num jogo que se afigurava bastante complicado para o arranque de 2020, aumentando para sete pontos a vantagem sobre o FC Porto, que no domingo tentará, sob forte pressão, repor a diferença em Alvalade.
Não foi brilhante a exibição dos líderes do campeonato, que tal como Bruno Lage sugerira na conferência de imprensa, mantiveram, acima de tudo, a cabeça fria, mostrando eficácia e pragmatismo para aproveitar uma vantagem curta mas suficiente para elevar a pressão sobre o perseguidor directo.
Depois de uma boa iniciativa de Grimaldo, desfeita pelo lateral venezuelano Victor García (substituto do lesionado Sacko), o Benfica foi feliz e marcou, mesmo, no primeiro remate do jogo: aos 23 minutos, num rasgo de Franco Cervi, a combinar com Pizzi, o português beneficiou do mau posicionamento de Tapsoba para se manter em posição regular e assistir o argentino.
Até então, o Vitória minhoto não era capaz de tirar a bola aos jogadores do Benfica, como prometera Ivo Vieira, mas estava a conseguir condicionar o jogo interior dos “encarnados”, emperrando toda a engrenagem com Pedro Rodrigues, João Carlos Teixeira e Lucas Evangelista solidários a repelirem Gabriel e Taarabt, que não conseguiam lidar com o espartilho minhoto e ligar convenientemente o jogo das “águias”. Por arrasto, Vinícius e Chiquinho eram forçados a procurar espaços em zonas que os vimaranenses conseguiam controlar com facilidade.
Mas a energia despendida nesta missão roubava, por outro lado, iniciativa ofensiva à equipa de Ivo Vieira, que se dispersava e desgastava nos duelos intensos a meio-campo.
A tentativa inicial de atrair o Benfica para depois accionar a velocidade de Davidson e Marcus Edwards também não estava a resultar. E ainda que fosse o brasileiro a procurar mais insistentemente desestabilizar e provocar o erro do jovem Tomás Tavares, foi o inglês a abanar verdadeiramente a estrutura defensiva “encarnada”, criando grandes dificuldades a Ferro e Grimaldo. Ao ponto de o Vitória ter estado muito perto do empate, primeiro num remate de Lucas Evangelista (que Vlachodimos anulou com a melhor defesa da noite) e depois num par de acções de Edwards, que só não resultaram em golo por manifesta infelicidade.
A primeira parte aproximava-se do fim com uma vantagem que poderia ter sido questionada, já no período de compensação, na sequência de lance polémico entre Rúben Dias e Davidson, em que o brasileiro foi abraçado pelo central na área, ficando a reclamar um penálti que o VAR não valorizou.
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O encontro tinha ainda que superar as interrupções recorrentes, motivadas pelo arremesso de tochas e por distúrbios nas bancadas, o que quebrava o ritmo e a tentativa vitoriana de anular a desvantagem que o Benfica nunca autorizou, ainda que para tanto Bruno Lage tivesse que congelar o jogo, lançando Samaris e Gedson, depois de ter abdicado de Vinícius.
O Benfica baixava conscientemente o bloco, mas o Vitória não construía as oportunidades de que necessitava para inverter a situação. Apenas numa falha de Vlachodimos o golo esteve iminente. Mas o guarda-redes limpou a imagem com uma sapatada que segurou uma vantagem importantíssima para a luta pela liderança da Liga. O Vitória tentava um último golpe de asa, mas nos instantes finais até foi o Benfica que esteve de novo mais perto de encerrar a questão, com Pizzi a falhar o segundo golo na cara de Douglas. Um lance em que Tomás Tavares surgiu isolado, possivelmente em posição irregular, mas em que a intervenção do guarda-redes evitou mais discussões.
Ivo Vieira tentou, mas nem a entrada de Rochinha alterou o desfecho, com o extremo a espelhar o desespero colectivo e a ser expulso no final.