Tribunal exige que Ministério da Administração Interna divulgue dados sobre vistos gold
Ministério da Administração Interna tinha dez dias para prestar a informação em falta desde Novembro, mas que ainda não a entregou à Transparência e Integridade.
O Tribunal Administrativo de Lisboa deu provimento a uma acção instaurada pela Transparência e Integridade a exigir que o Ministério da Administração Interna (MAI) divulgue dados sobre o esquema de atribuição de Vistos Gold.
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O Tribunal Administrativo de Lisboa deu provimento a uma acção instaurada pela Transparência e Integridade a exigir que o Ministério da Administração Interna (MAI) divulgue dados sobre o esquema de atribuição de Vistos Gold.
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a Transparência e Integridade (TI) refere que a acção foi interposta em Abril de 2018 contra o Ministério da Administração Interna que por decisão, em Novembro, do tribunal administrativo, tinha dez dias para prestar a informação em falta, mas que ainda não a entregou à TI.
Para a vice-presidente da Transparência e Integridade, Susana Coroado, “esta sentença confirma o direito elementar dos cidadãos a questionarem os seus Governos e a acederem a informação de relevante interesse público — um direito que o Ministério da Administração Interna nos nega reiteradamente há quase dois anos”.
Segundo a TI, que faz parte da rede global de Organizações não Governamentais (ONG) anticorrupção Transparency International, as informações solicitadas são importantes dado que a atribuição dos vistos Gold tem “levantado críticas e sinais de alarme do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e mais recentemente do Comité Económico e Social Europeu, pelos riscos de corrupção, branqueamento de capitais e até de segurança que colocam”.
O pedido de acesso à informação feito pela TI é referente a dados como Autorizações de Residência para Investimento (ARI), número total de vistos por distribuição geográfica, por nacionalidade e por área de actividade.
A associação quer ainda ter acesso ao número de investimentos realizados por empresas, número de postos de trabalho criados e quantos foram os pedidos recusados ou cancelados desde o início dos programas, discriminado por país de origem dos requerentes.