Bulgária já não se esquece da primeira ATP Cup

Noruega também surpreendeu ao vencer os EUA

Foto
Dimitrov Reuters/STRINGER

Valeu a pena esperar até às 2h46 da madrugada em Sydney para se assistir a uma memorável vitória da Bulgária sobre a Grã-Bretanha na primeira jornada da ATP Cup, que decorre na Austrália. Em destaque esteve o jovem Alexandar Lazarov que, ao lado do líder Grigor Dimitrov, no duplo papel de jogador e capitão, esteve na vitória por 7-6 (7/5), 6-7 (7/2) e 11-9 no par decisivo e após salvarem dois match-points.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Valeu a pena esperar até às 2h46 da madrugada em Sydney para se assistir a uma memorável vitória da Bulgária sobre a Grã-Bretanha na primeira jornada da ATP Cup, que decorre na Austrália. Em destaque esteve o jovem Alexandar Lazarov que, ao lado do líder Grigor Dimitrov, no duplo papel de jogador e capitão, esteve na vitória por 7-6 (7/5), 6-7 (7/2) e 11-9 no par decisivo e após salvarem dois match-points.

“Eu disse-lhes: ‘este pode ser um momento histórico para nós. Façam-no para o recordarem’. Significa muito para a equipa”, frisou Dimitrov, orgulhoso pelo comportamento dos colegas menos experientes. No encontro de singulares, o actual número 20 do ranking venceu Daniel Evans (42.º), por 2-6, 6-4 e 6-1, igualando o confronto com os britânicos que se tinham adiantado através de Cameron Norrie (53.º), vencedor de Dimitar Kuzmanov (423.º), por 6-2, 3-6 e 6-2.

O encontro decisivo foi decidido ao sprint: no match tie-break (que substitui o terceiro set), os especialistas britânicos Jamie Murray e Joe Salisbury, lideraram por 9/7, mas a dupla búlgara anulou os match-points e foi Lazarov (517.º) que teve a honra de concluir o encontro de duas horas.

Para o mesmo grupo, a Bélgica cedeu somente um set nos três encontros com a Moldávia, com Steve Darcis e David Goffin a ganharem os singulares e Sander Gille e Joran Vliegen e fixarem o 3-0 final – importante para as contas finais, pois além dos vencedores de cada um dos seis grupos, serão apurados para a fase final os dois melhores segundos classificados.

Mas a ATP Cup apresenta várias outras novidades para aproximar mais os fãs dos jogadores, com destaque para as Team Zone, situadas nos cantos do court para cada selecção, onde os jogadores podem conversar com o respectivo capitão e restantes elementos, mas também analisar imagens e estatísticas do encontro em tempo real, em pequenos ecrãs, reforçando o espírito de equipa no court – replicando, de certa forma, o que já é feito na Laver Cup, competição anual entre selecções da Europa e Resto do Mundo, embora com mais tecnologia disponível.

A maior parte dos jogadores agradeceu a nova ajuda tecnológica, que também pode ser confusa, como constatou Christian Rudd (54.º), que contribuiu para a surpreendente vitória da Noruega sobre os EUA, ao sobreviver aos 33 ases de John Isner (19.º), e impor-se por 6-7 (3/7), 7-6 (12/10) e 7-5. “Estivemos a ver para onde o John servia, mas é sempre difícil. O Casper zangou-se comigo porque eu lhe disse que o John ia servir muito a abrir o ângulo, mas depois fazia quatro ases na linha central. Parei de olhar para o ecrã durante uns jogos e ele teve de sentir o que iria acontecer”, explicou Christian Rudd, pai de Casper e capitão da Noruega.

Neste Grupo D, que decorre em Perth, os russos Karen Khachanov e Daniil Medvedev inflingiram um 3-0 à Itália. No encontro mais aguardado, Medvedev (5.º), derrotou Fabio Fognini (12.º), por 1-6, 6-1 e 6-3.

Nos outros duelos aguardados, Denis Shapovalov (15.º) venceu Stefanos Tsitsipas (6.º), por 7-6 (7/6), 7-6 (7/4), na vitória do Canadá, por 3-0, sobre a Grécia. E Alex de Minaur (18.º) contribuiu para o 3-0 da Austrália sobre a Alemanha, ao bater Alexander Zverev (7.º), por 4-6, 7-6 (7/3) e 6-2.

Outra novidade é a possibilidade de recurso a imagens vídeo pelo árbitro de cadeira, para analisar situações duvidosas, como é o caso de faltas de pé, duplo ressalto, invasão do court adversário, entre outras. Esta funcionalidade esteve em teste nas Next Gen ATP Finals, em Milão, em Novembro, e tem sido igualmente muito bem recebida pelos jogadores nesta ATP Cup.