Um português na América

É a estreia de João Tordo no romance policial. Ele conhece as regras do género e escolheu bem os ingredientes necessários para a sua feitura.

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João Tordo mostra conhecer as regras do thriller, mas fica a sensação de que poderia ter feito mais Miguel Manso

Este livro é a estreia de João Tordo (n. 1975) no thriller, um género de romance que, como é sabido, tem regras muito próprias — é a sua subversão, em maior ou menor grau, bem como a qualidade literária da escrita, o que confere uma “assinatura” a este tipo de romances. Esta subversão tem de ser feita com o talento necessário para que não fique muito dela à mostra, para que o leitor continue a “acreditar”, para que não se perca o princípio da verosimilhança. E escrevendo isto vêm logo à memória os livros do italiano Andrea Camilleri (com o comissário Salvo Montalbano), os do espanhol Manuel Vásquez Montalbán (com o seu inesquecível Pepe Carvalho), e por cá Francisco José Viegas (e o seu melancólico inspector Jaime Ramos) — isto para referir apenas alguns autores europeus que conseguiram ter o peso de uma “assinatura” no género.

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Este livro é a estreia de João Tordo (n. 1975) no thriller, um género de romance que, como é sabido, tem regras muito próprias — é a sua subversão, em maior ou menor grau, bem como a qualidade literária da escrita, o que confere uma “assinatura” a este tipo de romances. Esta subversão tem de ser feita com o talento necessário para que não fique muito dela à mostra, para que o leitor continue a “acreditar”, para que não se perca o princípio da verosimilhança. E escrevendo isto vêm logo à memória os livros do italiano Andrea Camilleri (com o comissário Salvo Montalbano), os do espanhol Manuel Vásquez Montalbán (com o seu inesquecível Pepe Carvalho), e por cá Francisco José Viegas (e o seu melancólico inspector Jaime Ramos) — isto para referir apenas alguns autores europeus que conseguiram ter o peso de uma “assinatura” no género.