Autoridades japonesas fazem rusga a casa de ex-presidente da Nissan em Tóquio

Investigação terá como pano de fundo a alegada violação das leis de migração pelo ex-presidente da Nissan.

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Ghosn Já afirmou que deixou o Japão para escapar à “injustiça e à perseguição política” REUTERS/Issei Kato

Procuradores japoneses efectuaram esta quinta-feira uma rusga em casa do ex-presidente da Nissan Carlos Goshn, que conseguiu fugir esta semana do Japão, onde aguardava julgamento sob detenção domiciliária, e chegar a Beirute.

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Procuradores japoneses efectuaram esta quinta-feira uma rusga em casa do ex-presidente da Nissan Carlos Goshn, que conseguiu fugir esta semana do Japão, onde aguardava julgamento sob detenção domiciliária, e chegar a Beirute.

De acordo com imagens divulgadas pela imprensa local, meia dúzia de procuradores, envergando fatos escuros e máscaras brancas, entraram esta manhã em casa do empresário, em Minato, na zona central da área metropolitana de Tóquio.

Segundo a televisão pública NHK, a investigação tem como pano de fundo a alegada violação das leis de migração pelo ex-presidente da Nissan, que conseguiu deixar o país ilegalmente sem passar por procedimentos habituais. As autoridades japonesas confirmaram não existirem registos de quando ou como Carlos Ghosn foi capaz de deixar o arquipélago nipónico.

Fontes ouvidas pela NHK afirmaram que o empresário tinha dois passaportes franceses, um dos quais terá usado para entrar legalmente no Líbano, aparentemente na segunda-feira passada, a bordo de um avião privado e depois de uma escala na Turquia. Goshn tem tripla nacionalidade: brasileira, francesa e libanesa.

As condições estabelecidas para a libertação sob fiança exigiam que Ghosn entregasse todos os passaportes aos advogados, e o chefe da equipa de defesa, Junichiro Hinoraka, confirmou na terça-feira que tinha três passaportes consigo. Também as autoridades libanesas afirmaram que Ghosn entrou no país com um cartão de identidade libanês, com o seu nome, e um passaporte francês.

Embora Ghosn tenha confirmado na terça-feira que deixou o Japão para escapar à “injustiça e à perseguição política”, não deu pistas sobre como chegou a Beirute.