Chegou a vez dos outros na cultura
Não é da última década o debate sobre a hegemonia do homem branco nos circuitos culturais, mas foi na última década que saiu da academia e chegou à esfera pública — para ficar. A tendência para fazer da diversidade uma bandeira (nas artes visuais, no cinema, na música, na literatura) não é uma moda: é a resposta a uma exigência de justiça.
Museus a venderem obras que há décadas faziam parte das suas colecções para, em sua substituição, poderem fazer entrar nos seus acervos mais mulheres e mais não-brancos; a reformularem o discurso expositivo para incluir outras geografias; a alterarem a programação para que os visitantes tenham acesso não a uma história de arte cristalizada, mas a várias histórias de arte ainda e sempre em aberto.
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Museus a venderem obras que há décadas faziam parte das suas colecções para, em sua substituição, poderem fazer entrar nos seus acervos mais mulheres e mais não-brancos; a reformularem o discurso expositivo para incluir outras geografias; a alterarem a programação para que os visitantes tenham acesso não a uma história de arte cristalizada, mas a várias histórias de arte ainda e sempre em aberto.