Uma reciclagem poética de lixo ministerial

A exposição Lixo de Pinho, de Alexandre Estrela, inaugurada no espaço portuense Sismógrafo, converteu dezenas de livros que o ex-ministro de Sócrates deitou fora em objectos que são ao mesmo tempo manuais de economia e estranhos poemas visuais.

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ANNA COSTA

Recorrendo ao vocabulário das agências de rating, talvez possa dizer-se que o artista plástico Alexandre Estrela elevou do humilhante nível de lixo ao alto patamar da poesia toda uma biblioteca de economia e gestão que Manuel Pinho arrumara um tanto descuidadamente no passeio fronteiro à sua casa, na Rua Saraiva de Carvalho, em Lisboa, isto depois de o ex-governante (ou alguém a seu mando) ter enchido um contentor para reciclagem de papel com outros livros que lhe terão parecido igualmente dispensáveis.

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Recorrendo ao vocabulário das agências de rating, talvez possa dizer-se que o artista plástico Alexandre Estrela elevou do humilhante nível de lixo ao alto patamar da poesia toda uma biblioteca de economia e gestão que Manuel Pinho arrumara um tanto descuidadamente no passeio fronteiro à sua casa, na Rua Saraiva de Carvalho, em Lisboa, isto depois de o ex-governante (ou alguém a seu mando) ter enchido um contentor para reciclagem de papel com outros livros que lhe terão parecido igualmente dispensáveis.