Morreu Sue Lyon, a actriz que nunca deixou de ser Lolita

Ficou marcada para sempre pelo papel desempenhado no filme de Stanley Kubrick, adaptação da obra Lolita do escritor Vladimir Nabokov. Tinha 73 anos.

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Sue Lyon como Lolita

A actriz americana Sue Lyon, que foi a protagonista de Lolita (1962) há quase seis décadas, o controverso filme que se tornaria num clássico de Stanley Kubrick baseado na obra do mesmo nome do escritor Vladimir Nabokov, morreu esta quinta-feira, em Los Angeles, aos 73 anos. As causas da morte, que foi conhecida este sábado, não foram avançadas.

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A actriz americana Sue Lyon, que foi a protagonista de Lolita (1962) há quase seis décadas, o controverso filme que se tornaria num clássico de Stanley Kubrick baseado na obra do mesmo nome do escritor Vladimir Nabokov, morreu esta quinta-feira, em Los Angeles, aos 73 anos. As causas da morte, que foi conhecida este sábado, não foram avançadas.

A actriz, nascida em 1946, foi notada por Stanley Kubrick durante a participação no The Loretta Young Show, tinha então 15 anos. Foi aí que o cineasta a escolheu para desempenhar o papel da adolescente de 12 anos que protagoniza Lolita, adaptação da obra de Nabokov, que inclusive aprovou a escolha, descrevendo-a como a “ninfa perfeita”. Tal como o livro, também o filme haveria de ficar marcado pela polémica, por narrar a paixão de um homem de meia-idade (no filme a interpretação cabe a James Mason) pela rapariga em idade juvenil.

Depois desse filme, a actriz haveria de participar em obras como A Noite da Iguana (1964) de John Huston ou Sete Mulheres (1966) de John Ford, mas a sua vida haveria de ficar marcada para sempre por aquele papel, tão icónico, quanto perturbador ou incómodo. O seu último papel foi no filme de terror Alligator – O Jacaré Gigante de 1980.

Depois disso praticamente desapareceu da vida pública, assegurando na altura da despedida que de Hollywood não guardava boas recordações. Sobre a sua personagem mais célebre haveria de dizer que era “neurótica e patética, só se interessava por si mesma. Dava-me pena.”