Uma década perigosa (e que ninguém vos diga o contrário)

Onde a nossa década foi perigosa foi na regressão democrática, no colapso do estado de direito, no regresso do nacional-populismo, no crescer da intolerância e da polarização destrutiva.

Numa das melhores novelas de sempre, e em minha opinião a sátira que mais eficazmente descreve a nossa entrada na modernidade, um jovem chamado Cândido percorre o mundo acompanhado pelo seu mentor filosófico, o Professor Pangloss. Todo o tipo de desgraças lhes acontece. São recrutados à força, espancados, assaltados, apanhados por terramotos, condenados pela Inquisição Portuguesa, enforcados (e não me perguntem como sobrevivem), violados, e de novo espancados e assaltados. De cada vez que uma nova desgraça acontece, o Professor Pangloss proclama, porém, que “tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis”.

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Numa das melhores novelas de sempre, e em minha opinião a sátira que mais eficazmente descreve a nossa entrada na modernidade, um jovem chamado Cândido percorre o mundo acompanhado pelo seu mentor filosófico, o Professor Pangloss. Todo o tipo de desgraças lhes acontece. São recrutados à força, espancados, assaltados, apanhados por terramotos, condenados pela Inquisição Portuguesa, enforcados (e não me perguntem como sobrevivem), violados, e de novo espancados e assaltados. De cada vez que uma nova desgraça acontece, o Professor Pangloss proclama, porém, que “tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis”.