Thomas Ostermeier: um provocador à solta no teatro europeu

O encenador alemão visitou em duas ocasiões o Festival de Almada. Actualmente, leva para o palco, em Berlim, uma tetralogia sobre a emergência do populismode extrema-direita e o papel da esquerda nesse contexto.

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Brigitte Lacombe

Há três anos, quando se apresentou em dose dupla no Festival de Almada, Thomas Ostermeier confidenciava ao Ípsilon que não gosta de trabalhar as peças com os autores. E concluía: “De qualquer maneira, sou o único encenador na Alemanha que os respeita [aos autores], por isso eles não precisam de se preocupar quando faço os seus textos. Na verdade, quando se gosta de uma mulher não se quer falar com o pai dela.” A questão levantava-se devido às obras que trazia a Almada: A Gaivota, revisitação do clássico de Tchékhov, e Susn, texto contemporâneo do alemão Herbert Achternbusch. Os espectáculos revelavam as duas correntes que tem seguido desde que, em 1999, assumiu a direcção daquela que é uma das mais importantes casas do teatro europeu: a Schaubühne, em Berlim.

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Há três anos, quando se apresentou em dose dupla no Festival de Almada, Thomas Ostermeier confidenciava ao Ípsilon que não gosta de trabalhar as peças com os autores. E concluía: “De qualquer maneira, sou o único encenador na Alemanha que os respeita [aos autores], por isso eles não precisam de se preocupar quando faço os seus textos. Na verdade, quando se gosta de uma mulher não se quer falar com o pai dela.” A questão levantava-se devido às obras que trazia a Almada: A Gaivota, revisitação do clássico de Tchékhov, e Susn, texto contemporâneo do alemão Herbert Achternbusch. Os espectáculos revelavam as duas correntes que tem seguido desde que, em 1999, assumiu a direcção daquela que é uma das mais importantes casas do teatro europeu: a Schaubühne, em Berlim.