Trincão foi o dono da bola e o Sp. Braga vai jogar a “sua” final four

O duelo com o Sporting na Taça da Liga está garantido, fruto de um resultado que espelha o que se passou e cujos números poderiam ter sido ainda mais expressivos.

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Fransérgio fez o primeiro golo do Sp. Braga LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

Trincão, Trincão e mais Trincão. A bola foi dele, o jogo também e o Sporting de Braga bem pode agradecer-lhe a presença na final four da Taça da Liga, fase da prova que organizará no seu estádio, em Janeiro. Neste domingo, os minhotos venceram em Paços de Ferreira, por 1-4, um resultado que lhes garante o primeiro lugar do grupo A. Está definido, ainda, pelo cruzamento dos grupos, que o Sp. Braga será o adversário do Sporting na meia-final.

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Trincão, Trincão e mais Trincão. A bola foi dele, o jogo também e o Sporting de Braga bem pode agradecer-lhe a presença na final four da Taça da Liga, fase da prova que organizará no seu estádio, em Janeiro. Neste domingo, os minhotos venceram em Paços de Ferreira, por 1-4, um resultado que lhes garante o primeiro lugar do grupo A. Está definido, ainda, pelo cruzamento dos grupos, que o Sp. Braga será o adversário do Sporting na meia-final.

Em Paços de Ferreira, a partida começou com o golo da equipa de Pepa, logo no primeiro minuto. Perda de bola de Sequeira, cruzamento de Hélder Ferreira e cabeceamento de Douglas Tanque, ao segundo poste, nas costas de Bruno Viana, central que continua a somar erros de abordagem e posicionamento.

A partir daqui só deu Sp. Braga. O jovem extremo Francisco Trincão “entrou ao serviço” e, em traços gerais, “foi tudo dele”. Todo o futebol minhoto passou pelos pés de Trincão, que, a partir da direita, criou, conduziu, serviu, driblou, cruzou e rematou. E muito. Rematou torto aos 17’, à entrada da área, falhou flagrantemente de cabeça, aos 24’, e voltou a rematar torto, aos 27’ e aos 28’. Tudo isto entre outros lances de criatividade e de solicitações – não compreendidas – aos companheiros.

E toda esta liberdade teve uma explicação. O Paços usou uma primeira linha de pressão bastante alta, em várias fases do jogo, mas nunca o fez em bloco, deixando muito espaço atrás dessa linha e na frente do quarteto defensivo. Com adversários fortes a explorar o espaço interior, como são Trincão e Ricardo Horta, a partir dos corredores, e Rui Fonte, em apoios frontais, isto foi um “suicídio” permanente na zona à frente da área.

O Sp. Braga somou remates atrás de remates e oportunidades de golo em catadupa – Rui Fonte (oportunidade flagrante) e Palhinha falharam bons lances – e parecia ser uma questão de tempo até a equipa de Pepa ceder e Sá Pinto poder festejar. E foi.

Aos 44’, a bola chegou, novamente, aos pés de Trincão, e o jovem fez o que já tinha feito antes, mas, desta vez, com compreensão dos colegas. A partir da direita, driblou, tirou um cruzamento perfeito e Fransérgio apareceu a cabecear na zona da marca de penálti, com oposição fraca por parte dos pacenses. Empate no jogo e um resultado que servia os interesses do Sp. Braga, que só precisava de um empate.

A segunda parte começou logo com o 1-2, num lance no qual, claro está, Trincão teve dedo. Canto do jovem extremo, aos 51’, e Palhinha baixou-se para, sozinho, cabecear para golo. Novo golo de cabeça no meio da área e, uma vez mais, sem qualquer oposição por parte de um Paços pouco concentrado na defesa da sua baliza.

Este segundo tempo acabou por ter pouca história. Depois de alguns minutos de muitas faltas, muita luta e pouco futebol, o Sp. Braga aproveitou um livre directo batido rapidamente para fazer o 1-3, aproveitando, pela terceira vez, o “adormecimento” do Paços - Pepa costuma ter equipas mais aguerridas e defensivamente mais bem trabalhadas. Marcou Ricardo Horta, com passe de Wilson, o mesmo que, três minutos depois, converteu um penálti conquistado por Horta.

Em suma: 1-4 e presença na final four garantida, com um resultado que espelha perfeitamente o que se passou e cujos números poderiam ter sido ainda mais expressivos. Só faltou o golo de Trincão.