Mykki Blanco organiza uma noite de feminilidade no Lux
Rapper de origem norte-americana a viver em Lisboa, Blanco actua no Lux e convida Nídia, Odete, Trypas Corrassão e Lyzza para se lhe juntarem no clube de Santa Apolónia.
Há alguns anos que Mykki Blanco, rapper que nasceu nos Estados Unidos, escolheu Lisboa para passar grande parte do tempo. É nessa cidade que vai ser responsável por uma noite no Lux, Festive Femme, com curadoria e uma actuação sua, além de DJ sets e performances de nomes como as portuguesas Nídia e Odete e as brasileiras Trypas Corrassão e Lyzza. Tal evento, centrado numa visão não-binária e muito pouco redutora da feminilidade, acontecerá esta sexta-feira.
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Há alguns anos que Mykki Blanco, rapper que nasceu nos Estados Unidos, escolheu Lisboa para passar grande parte do tempo. É nessa cidade que vai ser responsável por uma noite no Lux, Festive Femme, com curadoria e uma actuação sua, além de DJ sets e performances de nomes como as portuguesas Nídia e Odete e as brasileiras Trypas Corrassão e Lyzza. Tal evento, centrado numa visão não-binária e muito pouco redutora da feminilidade, acontecerá esta sexta-feira.
Blanco é uma pessoa queer começou na performance, lançando vídeos a fazer de rapariga adolescente no YouTube, e foi transformando isso em música rap. Apesar de o nome vir de “Kimmie Blanco”, um alter-ego da rapper Lil’ Kim por sua vez inspirado na traficante colombiana Griselda Blanco, a influência maior de Mykki vinha do punk e do movimento riot grrrl. Começou a lançar EPs em 2012 e, em 2016, editou Mykki, que é até à data o seu único disco, com produção do francês Woodkid, apesar de o segundo e o terceiro álbuns já estarem prometidos há muito. O que não quer dizer que não tenha andado a trabalhar. Este ano, por exemplo, fez parte de Madame X, de Madonna, mais especificamente no single Dark Ballet, em cujo vídeo faz de Joana D'Arc. Em 2018 fez parte de K.T.S.E., de Teyana Taylor, produzido por Kanye West.
No cartaz reunido por Blanco estão, assim, Nídia, figura de proa da Príncipe Discos, que se tem feito notar seja em nome próprio, com discos como Nídia é Má, Nídia é Fudida, ou em colaboração com nomes como Fever Ray ou Kelela, e Odete, que, tal como Blanco, também teve um percurso marcado pela performance antes de se fazer notar com a sua música electrónica. Isto no campo das portuguesas. Há também Lyzza, DJ, cantora e produtora que vive em Amesterdão e tem acompanhado Mykki Blanco na estrada. Trabalhou recentemente com nomes como Tom McFarland, dos Jungle, e Joe Goddard, dos Hot Chip. E, por fim, Trypas Corassão, um duo de performers que vive em Lisboa. Junta Cigarra, ou Ágatha Barbosa, produtora, a Tita Maravilha, que é actriz, drag queen, DJ, cantora e dançarina.