PS promete propor alterações ao OE2020 na saúde, transportes, habitação e IRS
Socialistas ainda não analisaram a proposta sobre o IVA das touradas. Vice da bancada deixa críticas à direita por querer, ao mesmo tempo, baixar impostos e aumentar investimento. “Esperamos que haja responsabilidade na especialidade”, diz, esperando que o PSD não esteja “interessado em sabotar o OE2020”.
Os deputados do PS mostraram “total apoio a este Orçamento do Estado” na reunião da bancada desta quinta-feira de manhã, que contou com a presença do ministro de Estado e das Finanças Mário Centeno, mas vão propor alterações ao texto do Governo.
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Os deputados do PS mostraram “total apoio a este Orçamento do Estado” na reunião da bancada desta quinta-feira de manhã, que contou com a presença do ministro de Estado e das Finanças Mário Centeno, mas vão propor alterações ao texto do Governo.
“Queremos reforçar as apostas principais do Orçamento – saúde, transportes, habitação, melhoria dos serviços públicos e justiça fiscal”, apontou o deputado João Paulo Correia quando questionado pelo PÚBLICO sobre as áreas em que os socialistas tencionam intervir.
Depois de a proposta do Governo prever um aumento dos limites dos escalões do IRS em 0,3% – o que faz com que os trabalhadores que tiverem aumentos superiores a isso possam vê-los “comidos” pela actualização dos escalões – e também algumas medidas que beneficiam fiscalmente as famílias com filhos mais novos, o PS irá apresentar propostas para que as famílias possam fazer mais deduções em sede de IRS.
O vice-presidente do grupo parlamentar do PS realçou que em 2016 as famílias fizeram deduções no valor de 585 milhões de euros no IRS e no final de 2018 o nível tinha subido até aos 1082 milhões para vincar que as alterações naquele imposto com o Governo PS levaram a uma “progressividade no IRS que favoreceu as famílias com menores rendimentos, cumprindo o objectivo de maior justiça fiscal”. “A nossa participação na especialidade vai nesse sentido.”
O deputado não se coibiu de deixar críticas à direita, em especial ao PSD, a quem pediu “responsabilidade” para a discussão na especialidade - falando como se o orçamento já tivesse sido aprovado na generalidade (a votação é no dia 10 de Janeiro).