Militante de Viana do Castelo Carlos Meira formaliza candidatura à liderança do CDS

Carlos Meira, natural de Viana do Castelo e militante do CDS-PP desde os 19 anos, diz que “surge em defesa dos que não têm voz no interior do Partido, em defesa das estruturas locais”.

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Pedro Fazeres

Carlos Meira, militante de Viana do Castelo do CDS-PP, vai formalizar no dia 27 a sua candidatura à liderança do partido, a decidir no 28º congresso nacional, em 25 e 26 de Janeiro, anunciou à Lusa o próprio nesta quarta-feira.

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Carlos Meira, militante de Viana do Castelo do CDS-PP, vai formalizar no dia 27 a sua candidatura à liderança do partido, a decidir no 28º congresso nacional, em 25 e 26 de Janeiro, anunciou à Lusa o próprio nesta quarta-feira.

“Já reuni as 300 assinaturas necessárias para oficializar a minha candidatura à liderança do partido. Irei entregá-las no dia 27, juntamente com a moção “Pelo Futuro, Por Portugal”, afirmou o empresário de 34 anos.

Carlos Meira, natural de Viana do Castelo e militante do CDS-PP desde os 19 anos, refere que aquela moção “surge em defesa dos que não têm voz no interior do Partido, em defesa das estruturas locais do Partido que nos últimos anos perderam o sentimento de pertença ao CDS”.

“Esta moção não surge como julgamento do passado e dos atores do passado, porque todos somos precisos e necessários para o ressurgimento do partido. Queremos unir, alargar e abranger. Não vemos o partido em situação de poder continuar a excluir, segregar ou isolar. Do passado, só nos interessam as lições e procurar não repetir os erros que tanto criticamos há hora, no momento e no lugar certo”, sustenta a moção estratégica do ex-presidente da concelhia do CDS-PP de Viana do Castelo.

Meira, que nas eleições autárquicas de 2013 foi candidato à Câmara da capital do Alto Minho, sublinha que “a moção surge com sentido de responsabilidade, com espírito construtivo e agregador”.

O candidato à liderança do CDS-PP defende que “dos territórios de baixa densidade também podem surgir contributos válidos, sugestões, ideias, fundamentadas e pensadas, sempre com o propósito de levantar a voz do CDS”.

“Esta moção é dedicada àqueles que internamente no Partido têm medo de se manifestar, de se pronunciar, de falar, de participar. Esta moção é dedicada àqueles que não se resignam e que no seio do partido lutam para que na sociedade portuguesa exista, realmente e de verdade, maior igualdade de oportunidades”, adianta.

Também hoje foi anunciada a candidatura de Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude Popular.

A actual corrida à liderança do CDS começou logo na noite das eleições, em que o partido passou dos 18 para cinco deputados, com 4,2% dos votos, um dos piores resultados desde a década de 1990.

Nessa noite, Assunção Cristas, presidente desde 2016, anunciou a sua saída do cargo e anunciou a antecipação do congresso, marcado duas semanas depois para 25 e 26 de Janeiro, em Aveiro.

Ainda nessa noite, uma hora depois de se saber da decisão de Cristas, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), anunciou a sua candidatura.

Nas 24 horas seguintes, dois dirigentes afirmaram-se também “em reflexão” - primeiro Filipe Lobo d"Ávila, ex-secretário de Estado, que lançou um grupo crítico da liderança de Assunção Cristas, “Juntos pelo Futuro”, que se confessou em “estado de choque” com o resultado, e João Almeida, deputado, porta-voz do CDS e também antigo secretário de Estado.

Ambos lançaram moções de estratégia global e só semanas mais tarde, em Novembro, confirmaram que seriam candidatos à presidência do partido.

Em Outubro, no conselho nacional que marcou o congresso, Carlos Meira, fez uma intervenção crítica da liderança de Assunção Cristas, acusando a ainda líder de “não respeitar as bases do partido” e anunciado que iria candidatar-se.

Já em Março de 2018, durante a intervenção que proferiu no congresso do partido em Lamego, de dedo em riste virado a Cristas, Carlos Meira, acusou-a de “falta de respeito” pelo Alto Minho.

Nas legislativas do passado dia 6, o PS recuperou o terceiro deputado pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, que tinha perdido em 2015 para a coligação PSD/CDS-PP.