Roterdão abre em português com Mosquito de João Nuno Pinto
Sandro Aguilar e Leonardo Mouramateus também estrearão novos filmes no festival holandês, que decorre de 22 de Janeiro a 2 de Fevereiro.
Mosquito, segunda longa-metragem de João Nuno Pinto, terá estreia mundial na abertura da competição oficial do festival de Roterdão, que também apresentará novos títulos de Sandro Aguilar e Leonardo Mouramateus e co-produções portuguesas assinadas pelos brasileiros Maria Clara Escobar e Felipe Bragança. A 49.ª edição do festival holandês, que terá lugar de 22 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2020 e cuja programação foi anunciada esta manhã, volta a apostar no cinema português — recordemos não apenas a retrospectiva dedicada a Edgar Pêra em 2019 como, nas últimas edições, a selecção de filmes como Djon África, de Filipa Reis e João Miller Guerra, Tempo Comum, de Susana Nobre, O Termómetro de Galileu, de Teresa Villaverde, Alva, de Ico Costa, ou Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt.
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Mosquito, segunda longa-metragem de João Nuno Pinto, terá estreia mundial na abertura da competição oficial do festival de Roterdão, que também apresentará novos títulos de Sandro Aguilar e Leonardo Mouramateus e co-produções portuguesas assinadas pelos brasileiros Maria Clara Escobar e Felipe Bragança. A 49.ª edição do festival holandês, que terá lugar de 22 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2020 e cuja programação foi anunciada esta manhã, volta a apostar no cinema português — recordemos não apenas a retrospectiva dedicada a Edgar Pêra em 2019 como, nas últimas edições, a selecção de filmes como Djon África, de Filipa Reis e João Miller Guerra, Tempo Comum, de Susana Nobre, O Termómetro de Galileu, de Teresa Villaverde, Alva, de Ico Costa, ou Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt.
Produzido por Paulo Branco através das suas companhias Leopardo Filmes e Alfama Films, em co-produção com Brasil e Moçambique, Mosquito estará na Tiger Competition ao lado de Desterro, primeira ficção da documentarista brasileira Maria Clara Escobar (Os Dias com Ele), uma co-produção da Terratreme Filmes.
Mosquito está igualmente seleccionado para a secção competitiva Big Screen, cujo prémio é atribuído pelo público, a par de Um Animal Amarelo, do brasileiro Felipe Bragança (Tragam-me a Cabeça de Carmen M), rodado em Portugal numa co-produção com O Som e a Fúria. Na secção paralela Bright Future surgirá ainda Armour, média-metragem de ficção de Sandro Aguilar (Mariphasa, A Zona) resultante de uma residência artística realizada no Canadá.
Já anteriormente anunciados tinham sido a curta A Chuva Acalanta a Dor, de Leonardo Mouramateus (António Um Dois Três), co-produção portuguesa a concurso na competição Ammodo Tiger Short, e, fora de concurso, Vitalina Varela, de Pedro Costa, Suzanne Daveau, de Luísa Homem, e L’île aux oiseaux, de Maya Kosa e Sérgio da Costa.
Mosquito é a segunda longa de João Nuno Pinto após América (2010) e inspira-se na própria história familiar do realizador. A personagem principal é Zacarias, um jovem português enviado para África durante a Primeira Guerra Mundial, interpretado por João Nunes Monteiro, e que João Nuno Pinto, na sua nota de intenções, admite ter sido inspirado pela vivência do seu avô em África com o 4.º Corpo Expedicionário Português. O argumento foi escrito pelo realizador com a sua mulher, Fernanda Polacow, e o actor/realizador Gonçalo Waddington. Do elenco de Mosquito fazem ainda parte Filipe Duarte, João Lagarto, Miguel Moreira, Sebastian Jehkul e Josefina Massango, com a participação especial do fadista Camané. A longa-metragem tem já estreia marcada em Portugal para 5 de Março, tratando-se da segunda produção de Paulo Branco a surgir na competição principal de um festival de primeira categoria no espaço de um ano, depois da estreia de A Herdade em Veneza em Setembro.
Mosquito e Desterro partilharão a competição principal de Roterdão com El Año del Descubrimiento, do espanhol Luis López Carrasco, Beasts Clawing at Straws, do sul-coreano Kim Yonghoon, The Cloud in Her Room, do chinês Zheng Lu Xinyuan, Drama Girl, do holandês Vincent Boy Kars, La Fortaleza, do venezuelano Jorge Thielen Armand, Kala Azar, do holandês Janis Rafa, Nasir, do indiano Arun Karthick, Piedra Sola, do argentino Alejandro Telemaco Tarraf, e Si yo fuera el invierno mismo, da argentina Jazmin López.