Na Sé de Lisboa, foi o empreiteiro que protegeu os vestígios arqueológicos

Uma parte da antiga mesquita foi descoberta durante as obras de musealização dos claustros e passaram meses até haver decisões da tutela. O novo projecto demorou um ano a ser aprovado.

Foto
A Sé de Lisboa aguardava há muitos anos por um projecto de valorização dos claustros e das ruínas arqueológicas descobertas nos últimos 20 anos Pedro Cunha/arquivo

Vestígios da principal mesquita de Lisboa durante o período islâmico da cidade, até agora inéditos, foram encontrados nos claustros da Sé e estiveram em risco de ser demolidos porque a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) demorou vários meses a tomar decisões sobre eles. Com a indefinição da tutela, por um lado, e a pressão do arquitecto para prosseguir com o projecto aprovado, por outro, coube ao empreiteiro um papel improvável: permitiu a salvaguarda dos vestígios ao optar por suspender os trabalhos naquele local.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Vestígios da principal mesquita de Lisboa durante o período islâmico da cidade, até agora inéditos, foram encontrados nos claustros da Sé e estiveram em risco de ser demolidos porque a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) demorou vários meses a tomar decisões sobre eles. Com a indefinição da tutela, por um lado, e a pressão do arquitecto para prosseguir com o projecto aprovado, por outro, coube ao empreiteiro um papel improvável: permitiu a salvaguarda dos vestígios ao optar por suspender os trabalhos naquele local.