Anna Karina (1940-2019): a mulher que viveu a sua vida

Mais do que o ícone da Nouvelle Vague francesa e do que a musa de Godard, a actriz, que morreu no sábado com 79 anos, foi alguém que se abriu à vida e a apreciou até ao fim.

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Anna Karina em 1960, um ano antes do seu decisivo encontro com Jean-Luc Godard Jean-Regis Rouston/Roger Viollet/Getty

“Sabe, também filmei com outros realizadores!”, lembrava Anna Karina em Abril último numa entrevista ao Ípsilon. É verdade, e não dos menores: George Cukor, Rainer Werner Fassbinder, Jacques Rivette, Luchino Visconti, Valerio Zurlini. Mas a actriz que morreu no sábado, em Paris, aos 79 anos, é indissociável de um dos momentos-chave do cinema moderno e de um dos seus realizadores mais influentes: a Nouvelle Vague francesa, da qual foi um ícone internacional, e Jean-Luc Godard, que a dirigiu por oito vezes e com quem foi casada entre 1961 e 1965. Uma Mulher é uma Mulher (1961), Viver a Sua Vida (1962), O Soldado das Sombras (rodado em 1961, estreado apenas em 1963), Bando à Parte (1964), Alphaville (1965), Pedro, o Louco (1965), Made in U. S. A. (1966) e um segmento de A Mais Velha Profissão do Mundo (1967): sete filmes “e meio”, nas palavras da própria, uma mão cheia de obras incontornáveis do cinema mundial.

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“Sabe, também filmei com outros realizadores!”, lembrava Anna Karina em Abril último numa entrevista ao Ípsilon. É verdade, e não dos menores: George Cukor, Rainer Werner Fassbinder, Jacques Rivette, Luchino Visconti, Valerio Zurlini. Mas a actriz que morreu no sábado, em Paris, aos 79 anos, é indissociável de um dos momentos-chave do cinema moderno e de um dos seus realizadores mais influentes: a Nouvelle Vague francesa, da qual foi um ícone internacional, e Jean-Luc Godard, que a dirigiu por oito vezes e com quem foi casada entre 1961 e 1965. Uma Mulher é uma Mulher (1961), Viver a Sua Vida (1962), O Soldado das Sombras (rodado em 1961, estreado apenas em 1963), Bando à Parte (1964), Alphaville (1965), Pedro, o Louco (1965), Made in U. S. A. (1966) e um segmento de A Mais Velha Profissão do Mundo (1967): sete filmes “e meio”, nas palavras da própria, uma mão cheia de obras incontornáveis do cinema mundial.