Apetece-lhe um hambúrguer fast-food? E está disposto a correr meia hora?

Colocar o exercício necessário para queimar as calorias nas embalagens dos alimentos pode ser a solução para restringir o consumo de calorias.

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O que aconteceria se em vez dos valores nutricionais, as embalagens trouxessem o número de minutos de corrida que teria de percorrer para eliminar as calorias ingeridas? Com base nesta premissa, investigadores da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, concluíram, num trabalho publicado no Journal of Epidemiology and Community Health, que calorias traduzidas em actividade física é uma informação mais eficaz para demover alguém de ingerir determinado produto.

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O que aconteceria se em vez dos valores nutricionais, as embalagens trouxessem o número de minutos de corrida que teria de percorrer para eliminar as calorias ingeridas? Com base nesta premissa, investigadores da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, concluíram, num trabalho publicado no Journal of Epidemiology and Community Health, que calorias traduzidas em actividade física é uma informação mais eficaz para demover alguém de ingerir determinado produto.

Trocado por miúdos, dizer que uma pizza média tem cerca de mil calorias pode não fazer com que alguém a deixe de comer, mas explicar que para se ver livre dessa quantidade calórica ter-se-á de correr durante duas horas a uma velocidade de quase dez quilómetros à hora (ou caminhar a um ritmo de 6,5 km/h ao longo de quatro horas) surte efeito.

A investigação surge como uma possível resposta a um crescente número de pessoas com obesidade, facto que resulta de uma conta tão simples quanto calorias consumidas menos calorias gastas. Ou seja, o corpo humano necessita de um determinado número de calorias por dia, que transforma em energia e permite que todos os sistemas funcionem correctamente. De uma forma geral, um homem adulto necessita de 2500 calorias por dia, enquanto uma mulher de duas mil.

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Qualquer caloria a mais sobre este valor não será transformada em energia, sendo antes armazenada pelo corpo, o que, dia após dia, se traduz em excesso de peso, um dos factores que aumenta a probabilidade de sofrer de determinadas maleitas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro.

Desde há algum tempo que todos os produtos comercializados são obrigados à ter informação sobre os valores nutricionais – uma medida que tem como objectivo aumentar a consciência do consumidor. Porém, indicam os especialistas responsáveis por esta investigação, “a informação que consta nas embalagens tem tido um efeito limitado na mudança de comportamentos de compra e de alimentação”. “Muitas pessoas não entendem o significado de calorias ou de gramas de gordura em termos de balanço energético”, lê-se no estudo.

O segredo está no rótulo

Para determinar que tipo de informação no rótulo seria mais eficiente para passar a mensagem, comparou-se alimentos embalados com rótulo em que constavam as calorias traduzidas em actividade física, com rótulo que incluía apenas valores nutricionais e sem qualquer informação na embalagem.

As observações permitiram identificar que, ao contrário do que acontecia com os rótulos de valores nutricionais e nos que não tinham informação, quando a embalagem exibia calorias traduzidas em actividade física, a escolha recaía quase sempre no produto com menos calorias.

A investigação permitiu, assim, concluir que incluir a quantidade de actividade física capaz de anular as calorias ingeridas com determinado alimento pode reduzir o número de quilocalorias seleccionadas nos menus e diminuir o número de calorias consumidas, promovendo assim um eficaz combate à obesidade.