“Os espectáculos que tenho feito sem a companhia da Cristina Reis e desde que a Cornucópia fechou (Um D. João Português, Ermafrodite) são tristes, são feios. Custa a entender de que assunto falam.” Assim escreve Luis Miguel Cintra num texto distribuído aos jornalistas no ensaio de Canja de Galinha (com Miúdos), um novo espectáculo da Companhia Mascarenhas-Martins que dirige no Museu da Marioneta, em Lisboa, até 29 de Dezembro. O tom é de desalento e de desilusão, mas transforma-se depois em algo mais, numa vontade de fazer, apesar de tudo. E é por isso que o ouvimos depois, de viva voz, reconhecer que esta “grande tristeza” se faz hoje acompanhar por uma “grande liberdade”. “O efeito que os prémios tiveram sobre mim foi a vantagem de não precisar de me justificar tanto a cada novo espectáculo que faço”, diz o encenador. “Deram-me o aval de que a qualidade não era má. E isso deu-me a possibilidade de me sentir muito mais livre.”
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“Os espectáculos que tenho feito sem a companhia da Cristina Reis e desde que a Cornucópia fechou (Um D. João Português, Ermafrodite) são tristes, são feios. Custa a entender de que assunto falam.” Assim escreve Luis Miguel Cintra num texto distribuído aos jornalistas no ensaio de Canja de Galinha (com Miúdos), um novo espectáculo da Companhia Mascarenhas-Martins que dirige no Museu da Marioneta, em Lisboa, até 29 de Dezembro. O tom é de desalento e de desilusão, mas transforma-se depois em algo mais, numa vontade de fazer, apesar de tudo. E é por isso que o ouvimos depois, de viva voz, reconhecer que esta “grande tristeza” se faz hoje acompanhar por uma “grande liberdade”. “O efeito que os prémios tiveram sobre mim foi a vantagem de não precisar de me justificar tanto a cada novo espectáculo que faço”, diz o encenador. “Deram-me o aval de que a qualidade não era má. E isso deu-me a possibilidade de me sentir muito mais livre.”