Finlândia vai ter a primeira-ministra mais jovem de sempre

A até agora ministra dos Transportes tem 34 anos e assumirá o cargo esta semana. A coligação, que tem cinco partidos e seis meses, continua.

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Sanna Marin, 34 anos, até agora ministra dos Transportes, foi escolhida pelo Partido Social-Democrata da Finlândia para o cargo de primeira-ministra — e quando assumir o cargo, esta semana, será a mais jovem a alguma vez ter ocupado o cargo.

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Sanna Marin, 34 anos, até agora ministra dos Transportes, foi escolhida pelo Partido Social-Democrata da Finlândia para o cargo de primeira-ministra — e quando assumir o cargo, esta semana, será a mais jovem a alguma vez ter ocupado o cargo.

Marin irá substituir Antti Rinne, que se demitiu na terça-feira depois de um dos cinco partidos que formam a coligação no país, o Partido do Centro, lhe ter retirado a confiança pelo modo como geriu uma greve nos Correios. A nova primeira-ministra era vice-presidente do partido e, até esta semana, responsável pelo ministério dos Transportes e Comunicações. Foi eleita como deputada na primeira vez que concorreu ao cargo, em 2015.

A nova responsável do Governo nasceu a 16 de Novembro de 1985, em Helsínquia. Estudou administração local e regional na universidade de Tampere, localidade onde ocupa um cargo no executivo local. A sua tese de mestrado em Ciências Administrativas analisou o processo de profissionalização da liderança política em cidades finlandesas.

Filha de mãe solteira, relembra nas suas publicações os desafios que conseguiu ultrapassar. Foi a primeira pessoa da família a conseguir terminar o ensino secundário e ingressar na faculdade. Entrou para a política em 2006 e, na sua página de apresentação, diz que as “questões ambientais” e a “sustentabilidade ecológica” são duas das causas mais importantes na sua agenda política.

No Parlamento finlandês, tem assento no Comité Ambiental, defendendo uma eliminação gradual de veículos movidos a combustíveis fósseis. 

"Temos muito trabalho a fazer"

A greve foi provocada por uma proposta de passagem de cerca de 700 trabalhadores dos Correios para um novo acordo colectivo, menos favorável, em nome da competitividade. Rinne negou que o Governo tivesse aprovado o projecto da direcção da empresa, que têm capitais públicos. No dia seguinte, o presidente do conselho de administração da empresa​ desmentiu-o. 

“Temos muito trabalho a fazer para voltarmos a ganhar confiança”, disse Marin aos jornalistas depois de vencer, por pouco, a eleição contra o líder do grupo parlamentar do partido, Anttii Lindtman. “Temos um programa de governo conjunto, o que mantém a coligação junta”, disse ainda.

A coligação, formada há apenas seis meses, concordou continuar após a saída de Rinne. 

O timing da mudança é estranho para o país, que tem a presidência rotativa da União Europeia até ao final do ano, tendo um papel central na tentativa de um novo orçamento para o bloco.