FC Porto deixa a pele e dois pontos num jogo de nervos
Belenenses SAD impôs empate aos “dragões”, que ficam agora a quatro pontos da liderança da Liga.
O FC Porto cedeu o segundo empate da época, na Liga, assistindo, em desespero, à fuga do rival, agora com quatro pontos de vantagem no comando do campeonato. Um golo contra a corrente do jogo alterou o ritmo cardíaco dos “dragões” e nem o facto de a igualdade ter chegado ainda na primeira parte, num penálti de Alex Telles, permitiu a reviravolta no Jamor, frente a um Belenenses SAD resiliente e consciente das próprias limitações, mas que não desistiu de procurar um resultado positivo (1-1). O guarda-redes Koffi pode reclamar uma boa dose de um empate que também deixou bem patentes as dificuldades dos atacantes portistas, apesar do regresso de Zé Luís após mês e meio afastado do “onze” inicial.
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O FC Porto cedeu o segundo empate da época, na Liga, assistindo, em desespero, à fuga do rival, agora com quatro pontos de vantagem no comando do campeonato. Um golo contra a corrente do jogo alterou o ritmo cardíaco dos “dragões” e nem o facto de a igualdade ter chegado ainda na primeira parte, num penálti de Alex Telles, permitiu a reviravolta no Jamor, frente a um Belenenses SAD resiliente e consciente das próprias limitações, mas que não desistiu de procurar um resultado positivo (1-1). O guarda-redes Koffi pode reclamar uma boa dose de um empate que também deixou bem patentes as dificuldades dos atacantes portistas, apesar do regresso de Zé Luís após mês e meio afastado do “onze” inicial.
Apesar do desfecho negativo, o FC Porto entrou fortíssimo e dominou com naturalidade, mantendo o adversário em cativeiro, junto à área de Koffi. Até ao momento em que Licá se atreveu a furar o bloqueio, investindo pelo corredor esquerdo, para colocar à prova, pela primeira vez, a defesa portista.
Do lance resultou um cruzamento direccionado a Cassierra e um alívio incompleto de Iván Marcano, magistralmente explorado por André Santos, a esmagar, aos 14’, por completo a lógica de um encontro que se anunciava de sentido único.
Sérgio Conceição pedia serenidade, acreditando que a supremacia evidenciada na fase inicial acabaria por produzir os efeitos desejados. E a resposta da equipa foi inequívoca: num lance de bola parada, ainda a meio-campo, Loum haveria de marcar, apenas seis minutos volvidos. Mas, da mesma forma que o VAR tinha descartado um possível penálti de Tomás Ribeiro sobre Marega, não deixou passar a posição irregular de Danilo, que assistira o companheiro para o cabeceamento de Loum, anulando o golo do senegalês. Na véspera, Pinto da Costa criticara a actuação do VAR, que agora poderá estar de novo em ponto de mira, já que o golo do Belenenses SAD nasce de um lance em que Show joga a bola com a mão, ainda que de forma involuntária e numa fase embrionária da jogada.
Desta amálgama de emoções, depois de logo a abrir o brasileiro Otávio ter estado muito perto de dar vantagem aos “dragões” — chegou tarde a uma boa tabela com Corona e a um cruzamento de Loum —, emergiu um Belenenses SAD mais atrevido e perigoso, a lidar melhor com a pressão dos “dragões” e a testar os reflexos de Marchesín, que negou a felicidade a Licá. O guarda-redes argentino evitou mesmo o segundo golo dos “azuis”, já depois de os portistas terem ficado a reclamar mão de Chima, na área de rigor. Pretensão mais uma vez negada pelo VAR que, à passagem da primeira meia hora de jogo, nem sequer precisava pronunciar-se perante lance tão flagrante: Tiago Esgaio derrubou Jesús Corona mesmo à frente de João Pinheiro, que não hesitou.
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Chamado a bater dos 11 metros, Alex Telles não desperdiçou, tal como não falhara na época passada, quando garantiu a vitória aos 90+6’. Mas o FC Porto tinha ainda uma longa caminhada pela frente. O Belenenses SAD passava a contar com o cronómetro como aliado, mas Sérgio Conceição subia a parada para atacar a meia-hora final, abdicando de Manafá e Loum para ajustar o espartilho com a arte de Nakajima e a organização de Sérgio Oliveira.
Corona vigiava o corredor sem renegar os instintos ofensivos. Para os “azuis” do Jamor, os tempos eram de cerrar fileiras e tentar guardar um resultado que lhes permitia encostarem-se ao segundo pelotão do campeonato.
E se Nakajima personificava a ameaça “azul e branca”, Sérgio Oliveira assumia-se como o elemento-chave no assalto final, enviando, na sequência de um livre directo, uma bomba ao poste de Koffi. Isto depois de ter estado perto de atirar a contar junto à marca de penálti. O FC Porto insistia, mas a imprecisão no remate e a perícia de Koffi negaram até ao fim o golo da vitória.