NATO quer incluir China nos tratados de controlo de armas
Jens Stoltenberg disse também que a NATO deve manter “um diálogo significativo com a Rússia”.
A China deve ser “encorajada” a integrar os acordos de controlo de armamento, defendeu esta quarta-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no encerramento da cimeira da Aliança Atlântica em Londres.
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A China deve ser “encorajada” a integrar os acordos de controlo de armamento, defendeu esta quarta-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no encerramento da cimeira da Aliança Atlântica em Londres.
No seu discurso, Stoltenberg confirmou que os Estados-membros discutiram pela primeira vez “a ascensão da China, tanto os desafios como as oportunidades que representa”. E foi nesse sentido que ficou em cima da mesa a proposta de incluir Pequim em futuros acordos de controlo de armamento.
Os desejos veiculados por Stoltenberg surgem numa altura em que a Rússia e os EUA rasgaram o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (conhecido com INF), que desde o fim da Guerra Fria limitava o desenvolvimento de armas com capacidade nuclear.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha manifestado a vontade de incluir a China num futuro tratado sobre armamento nuclear, mas Pequim afastou essa ideia.
Stoltenberg disse ainda que a Rússia também foi objecto de uma “discussão substantiva”. “Estamos empenhados numa forte dissuasão e defesa, enquanto nos mantemos abertos a um diálogo significativo com a Rússia”, afirmou o secretário-geral.
No entanto, a NATO não abre mão da estratégia que tem levado a cabo nos últimos cinco anos de reforçar a fronteira leste – algo encarado em Moscovo como um perigo existencial. “A NATO está a responder à instalação de mísseis de médio alcance com capacidade nuclear pela Rússia de uma forma defensiva e coordenada”, afirmou Stoltenberg, que revelou também que o plano de defesa dos países bálticos será “actualizado”.
O secretário-geral disse que este foi “o quinto ano de subidas no investimento em defesa” e que os aliados europeus e o Canadá aumentaram as suas contribuições em 130 mil milhões de dólares (117 mil milhões de euros).
A diferença entre os investimentos para a NATO feitos pelos EUA em comparação com os restantes Estados-membros é um dos temas que mais preocupa o Trump.