Mike El Nite, Mynda’Guevara e Russa celebram os 13 anos do Musicbox
O rap nacional é a base da festa de entrada gratuita que assinala o aniversário do clube de concertos e diversão nocturna do Cais do Sodré, em Lisboa.
Foi a 6 de Dezembro de 2006 que o Musicbox abriu portas pela primeira vez, com uma actuação de Kalaf, Sam The Kid e André Carrilho e num Cais do Sodré radicalmente diferente daquele que existe hoje. Os 13 anos do clube lisboeta celebram-se um dia antes, esta quinta-feira, ao som de rap português. É uma noite de entrada livre, ao contrário do que acontece nos outros eventos, e este ano a festa será de apenas um dia — no ano passado foram três. “Em 13 anos já tivemos tantos formatos, já foi semana, fim-de-semana, um dia, dois dias, três… este ano decidimos concentrar tudo num só dia”, explica ao PÚBLICO Pedro Azevedo, programador do espaço da Rua Nova do Carvalho, em Lisboa.
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Foi a 6 de Dezembro de 2006 que o Musicbox abriu portas pela primeira vez, com uma actuação de Kalaf, Sam The Kid e André Carrilho e num Cais do Sodré radicalmente diferente daquele que existe hoje. Os 13 anos do clube lisboeta celebram-se um dia antes, esta quinta-feira, ao som de rap português. É uma noite de entrada livre, ao contrário do que acontece nos outros eventos, e este ano a festa será de apenas um dia — no ano passado foram três. “Em 13 anos já tivemos tantos formatos, já foi semana, fim-de-semana, um dia, dois dias, três… este ano decidimos concentrar tudo num só dia”, explica ao PÚBLICO Pedro Azevedo, programador do espaço da Rua Nova do Carvalho, em Lisboa.
Em termos de concertos, a festa far-se-á com os rappers Mike El Nite, Mynda'Guevara e Russa. Mais tarde, na parte clubbing, entra DJ BIG. “No ano passado tínhamos um dia só com rock'n'roll, este ano sentimos que esta era a programação mais interessante para o aniversário. É actual, o hip-hop nacional está com uma força incrível e acreditamos na Mynda e na Russa”, justifica Pedro Azevedo, que explica que o clube voltou a ter um bom ano, em que, mais uma vez, bateram “recordes de público em relação ao ano anterior”. “Tivemos uma actividade super-intensa, com grandes apostas a nível nacional e muito menos a nível internacional, não por alguma razão em particular, mas por sentir que o mercado nacional está bastante vivo”, comenta.
Mike El Nite, de Telheiras, é o autor de Inter-missão, disco e banda desenhada do ano passado, e o DJ/hypeman de ProfJam que sozinho navega entre o rap, o trap, o fado, a pop, que tanto rima como canta com auto-tune. É também, adiciona o programador, um dos artistas que “mais vezes tocaram no Musicbox ou participaram em concertos doutras pessoas”, incluindo uma vez em que se apresentou com o pai, Joaquim Caixeiro, que cantou com a Brigada Victor Jara e nos anos 1990 se popularizou com a personagem Quinzinho de Portugal. O rapper também fará um DJ set depois dos concertos.
Já Mynda'Guevara, da Cova da Moura, começou por cantar em refrães de outros artistas e e só depois a fazer a sua própria música como rapper, sem deixar a cantoria para trás, tornando-se num nome cada vez mais incontornável e requisitado do rap crioulo, tendo colaborado, por exemplo, com o brasileiro Vinicius Terra. Enquanto não chega o EP Mudjer na Rap, lançou em Outubro o single Valor Kez Ta Danu.
A ribatejana Russa lançou no ano passado Catarse, o seu primeiro disco com temas como Entre Lisboa e Loures e Rude e Fria ("sou a russa, sou a rude, sou a fria, se não gostas, temos pena"), pela venerada editora algarvia Kimahera, descrevendo-o como “trap consciente”. O último single, Canguru, saiu também em Outubro.
Depois das actuações e do set de Mike El Nite, DJ BIG, que também produz e fez scratch em temas de rappers como Kappa Jotta e é “um grande entertainer”, fará “a transição entre o hip-hop nacional e o sons big dele”, sempre virado para a festa e a pista, conta o programador.