Jovens entram em pânico quando não têm acesso ao telemóvel

Estudo do King’s College analisou 41 investigações que envolveram 42 mil jovens e revela que quase um quarto revela dependência do telefone.

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O estudo alerta que este vício tem “sérias consequências” para a saúde mental Luke Porter/Unsplash

Quase um quarto dos jovens é tão dependente do telemóvel que tal se torna um vício, revela um estudo publicado na BMC Psychiatry, feito no londrino King's College. A investigação, realizada a partir da análise de 41 estudos que envolveram 42 mil jovens, revela que este comportamento viciante é visível em pessoas que ficam “em pânico” ou “chateadas” quando lhes é negado o acesso constante ao aparelho. O estudo alerta que este vício tem “sérias consequências” para a saúde mental.

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Quase um quarto dos jovens é tão dependente do telemóvel que tal se torna um vício, revela um estudo publicado na BMC Psychiatry, feito no londrino King's College. A investigação, realizada a partir da análise de 41 estudos que envolveram 42 mil jovens, revela que este comportamento viciante é visível em pessoas que ficam “em pânico” ou “chateadas” quando lhes é negado o acesso constante ao aparelho. O estudo alerta que este vício tem “sérias consequências” para a saúde mental.

Segundo a avaliação, 23% dos jovens tinham comportamentos que são considerados um vício — como ansiedade por não poder usar o telefone, por não poder gerir o tempo gasto ou usar os telemóveis em detrimento de outras actividades. Este comportamento viciante pode estar ligado a outros problemas como stress, falta de sono e baixo desempenho escolar.

Contudo, os investigadores salvaguardam que desconhecem se o problema está no telefone se nas aplicações que este alberga. A investigadora Nicola Kalk, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King's College London, refere à BBC que uma necessidade de consciencialização pública sobre o uso dos smartphones por crianças e jovens, e que os pais devem estar cientes de quanto tempo passam os filhos com os telefones”. “Os smartphones estão aqui para ficar, por isso, é necessário entender a prevalência do seu uso problemático”, acrescenta.