Ribeiro e Castro apela a mobilização para combater pobreza
É imperativo abandonar o conformismo do banco de trás e avançarmos para os lugares da frente da União Europeia sem disponibilidade para aceitar tudo.
O presidente do Movimento 1º de Dezembro, Ribeiro e Castro, apelou este domingo, nas cerimónias da Restauração, a uma mobilização nacional para combater a pobreza e alcançar os lugares cimeiros nos índices económicos e sociais da União Europeia.
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O presidente do Movimento 1º de Dezembro, Ribeiro e Castro, apelou este domingo, nas cerimónias da Restauração, a uma mobilização nacional para combater a pobreza e alcançar os lugares cimeiros nos índices económicos e sociais da União Europeia.
Na cerimónia de homenagem aos heróis do 1º de Dezembro, que decorreu na praça dos Restauradores, em Lisboa, Ribeiro e Castro afirmou que essa “ambição patriótica” tem de ser “de todos os políticos, no Governo e na oposição, e de toda a sociedade”.
“É imperativo abandonarmos o conformismo dos bancos de trás e avançarmos para os lugares da frente da União Europeia. A política de Portugal de querermos estar sempre no núcleo duro da frente da UE tem de deixar de ser apenas a disponibilidade de aceitar tudo o que nesta se decida para passar a ser a determinação nacional de estarmos nos cinco ou nos três indicadores económicos e sociais”, afirmou o presidente do Movimento 1º de Dezembro.
Ribeiro e Castro defendeu que Portugal deve seguir o exemplo da Irlanda, que também era “a última de todas” quando aderiu à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1973, e que actualmente se encontra posicionada no segundo lugar do “ranking” europeu, “apenas atrás do Luxemburgo”.
“Não podemos conformar-nos com os últimos lugares. Se a Irlanda foi capaz nós também temos de ser. Isso significa taxas médias de crescimento anual de 4% ou mais como a Irlanda fez. Sem isso não sairemos da cepa torta”, alertou, referindo que, “pela aparência dos números, apenas a Bulgária, a Roménia e a Grécia ficarão ainda mais tempo atrás de Portugal”.
No âmbito dessa “ambição”, o antigo presidente do CDS-PP defendeu que o combate à pobreza “deve ocupar o lugar principal das políticas sociais” e pediu maior atenção para os grupos mais vulneráveis, como os idosos e as crianças.
“É difícil de aceitar que cerca de um quinto dos portugueses tenha de viver com menos de 500 euros mensais e um milhão de idosos, sobretudo, com 250 euros mensais ou ainda menos. O dever de atenção a estes nossos compatriotas não pode ser atenuado. Antes deve constituir preocupação permanente”, concluiu.
Na cerimónia, que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que também depositou coroas de flores junto ao monumento, esteve igualmente o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que, numa curta intervenção, deixou uma mensagem de esperança.
“Um povo que na sua história de nove séculos desenvolveu a capacidade de viver as dificuldades momentâneas, com a certeza de que o todo nacional perdura e que conhecerá novos momentos de afirmação futura. Uma nação que hoje se mostra orgulhosa do seu passado confiante no seu futuro”, afirmou o governante.