Dívidas de Angola às empresas de construção portuguesas agravam-se com crise financeira
A dívida chega aos 500 milhões de euros e alguma da que foi paga foi convertida em obrigações do tesouro de um Estado que enfrenta uma grave crise cambial. Governos português e angolano estão a trabalhar num sistema de mobilidade para 400 trabalhadores angolanos.
Quando há exactamente um ano a sala do edifício da Alfândega no Porto se encheu com 800 empresários para ouvir o Presidente de Angola, João Lourenço, e os responsáveis pela agência de investimento daquele país, falar do novo ciclo de oportunidades que se iria abrir, ninguém adivinhava que essas promessas se vestiam de um sol de pouquíssima dura. E nem os mais cépticos ousaram pôr em dúvida que as dívidas que se acumulavam há décadas nas empresas de construção iriam começar a ser liquidadas. Afinal, dizia o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, as dívidas iriam ser reconhecidas e certificadas. E Angola deixou a Portugal um “caderno de encargos” (isto é, um convite para regressar com os investimentos ao país), mas também a promessa de que iria avançar com um plano de pagamentos para saldar essas dívidas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Quando há exactamente um ano a sala do edifício da Alfândega no Porto se encheu com 800 empresários para ouvir o Presidente de Angola, João Lourenço, e os responsáveis pela agência de investimento daquele país, falar do novo ciclo de oportunidades que se iria abrir, ninguém adivinhava que essas promessas se vestiam de um sol de pouquíssima dura. E nem os mais cépticos ousaram pôr em dúvida que as dívidas que se acumulavam há décadas nas empresas de construção iriam começar a ser liquidadas. Afinal, dizia o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, as dívidas iriam ser reconhecidas e certificadas. E Angola deixou a Portugal um “caderno de encargos” (isto é, um convite para regressar com os investimentos ao país), mas também a promessa de que iria avançar com um plano de pagamentos para saldar essas dívidas.