Não foi, por certo, a escola inglesa a ensinar a Akram Khan que, durante a I Guerra Mundial, 1,3 milhões de soldados indianos combateram nas fileiras do Império Britânico no Mediterrâneo, na Mesopotâmia, no norte de África, em França ou na Bélgica. Mas foi nestes corpos esquecidos e abandonados — tanto largados à sua sorte em regiões que lhes eram desconhecidas, entre 1914 e 1918, quanto rapidamente enterrados no reconhecimento e na História colectiva nos anos que se seguiram — que o coreógrafoi pensou quando foi convidado a criar uma peça no âmbito do centenário desse período em que a Europa se muniu de armas para travar avanços expansionistas dos países e impérios que a compunham.
Opinião
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